Tuberculose mata cinco mil por dia no mundo; no AM foram 148 em 2016

É preciso a realização de exames ao mais simples sintoma/Foto: Divulgação

Considerada uma das doenças mais antigas da humanidade, a tuberculose mata, hoje, cerca de cinco mil pessoas por dia no mundo, segundo informação da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), que ressalta que, aproximadamente, um terço da população com tuberculose, cerca de 4,3 milhões de pessoas, não foi sequer diagnosticada ou notificada a respeito da doença. A tuberculose é a doença infecciosa que mais mata no mundo, superando óbitos por HIV e malária.
Conforme o Sistema de Informação de Mortalidade do Ministério da Saúde, no Amazonas, os casos de tuberculose chegaram a 2.781 no ano passado, com redução de 3% em relação a 2015. Já o número de óbitos passou de 127 para 148, ou seja, um crescimento de 16,5%, sendo a maioria das ocorrências em Manaus. O Estado, com 67,2 casos por 100 mil habitantes, liderou em 2016 os casos da doença no Brasil, que hoje atinge 32,4 pessoas a cada 100 mil habitantes.


É preciso a realização de exames ao mais simples sintoma/Foto: Divulgação

A tuberculose, causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch (BK), é uma doença infecto contagiosa transmitida pelas vias aéreas a partir de um indivíduo doente por tuberculose, em sua forma pulmonar (80 a 90% dos casos de tuberculose). Entre 10 a 20%, a doença acomete outros órgãos, como ossos, rins e até meninges (membranas que revestem o cérebro). São as chamadas formas extrapulmonares. Nesses casos, a pessoa doente não transmite a doença para outros indivíduos.

Com isso, autoridades de saúde no país e especialistas da área alertam a população para a importância do diagnóstico precoce da enfermidade. O médico infectologista e consultor médico do Sabin, Marcelo Cordeiro, diz que esta é a única forma de dar uma resposta mais rápida, iniciando o tratamento o quanto antes.

O especialista ressalta que alguns indivíduos apresentam um risco maior de adoecimento, como os diabéticos, desnutridos e fumantes. O cuidado deve ser ainda maior em pessoas vivendo com o vírus HIV. Nessa população, o risco de adoecer por tuberculose é de 20 a 30 vezes maior. Aproximadamente, 35% das mortes em infectados pelo HIV tem como causa a tuberculose.

“Atualmente, estão disponíveis na rede pública e em alguns laboratórios privados, testes mais modernos que, somados aos exames tradicionais, permitem um oportuno diagnóstico da doença”, afirma, ressaltando que tosse persistente, seca ou com secreção, por mais de três semanas, é um indicativo de alerta. Febre baixa, emagrecimento e suor noturno são outros sintomas da tuberculose.

De acordo com o médico, a tuberculose é uma doença totalmente curável. No entanto, para se obter a cura do paciente, o tratamento, que dura no mínimo 6 meses, deve ser seguido até o final. Em 2016, 12% dos pacientes notificados no Amazonas abandonaram o tratamento. O abandono do tratamento é um dos principais entraves para o controle da tuberculose. A bactéria pode se tornar resistente aos medicamentos e esse indivíduo passa mais tempo transmitindo a doença para outras pessoas.

“Uma boa condição de vida, como casa arejada, boas condições de saúde, evitar o fumo e o álcool, alimentação e cuidados com a higiene, são as formas de ajudar na eficácia do tratamento da tuberculose”, afirma Marcelo Cordeiro.

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