
O senador Paulo Rocha (PT-PA) fez uma análise nesta sexta-feira (12), em Plenário do Senado Federal, do primeiro ano do golpe parlamentar-midiático contra a presidente Dilma Rousseff.
Para o senador, “tudo piorou” no que se refere às áreas sociais e a investimentos em infraestrutura, e o período também é marcado, a seu ver, por ataques institucionais aos direitos dos trabalhadores e das pessoas mais pobres.
Para Rocha, uma das consequências mais negativas do que chama de “golpe” foi a limitação dos investimentos em áreas sociais e infraestrutura, que ele vê como o resultado da aprovação da proposta de emenda à Constituição que estabeleceu um teto aos gastos públicos.

Também avalia que outro objetivo do atual governo é destruir todos os programas criados pelos ex-presidentes Lula e Dilma, como o Ciência sem Fronteiras, a Farmácia Popular e a diminuição de recursos que estaria atingindo hoje o Fundo de Financiamento Estudantil.
O senador ainda lamenta que no seu entender o governo vem deliberadamente ignorando o grande recrudescimento da violência que estaria atingindo o campo a partir do afastamento de Dilma Rousseff.
É um escandaloso sinal verde para a pistolagem, também marcado pela desestruturação dos órgãos que atuam na área. Foram 61 assassinatos no ano passado e mais de 1.000 ocorrências de conflitos.
Rocha conclui que a mudança de governo tem como objetivo estrutural a retirada de direitos dos pobres e da classe média, configuradas nas reformas trabalhista e da Previdência, tendo para isso o apoio da mídia e de setores políticos e do Poder Judiciário.
*Paulo Rocha é senador pelo estado do Pará