Tumulto em santuário deixa 12 mortos e vários feridos na Índia

Tumulto em celebração de Ano-Novo deixa ao menos 12 mortos na Índia - Foto: Instagram

Pelo menos 12 pessoas morreram e 13 ficaram feridas em um tumulto, na madrugada deste sábado (1º), em um santuário religioso na Caxemira controlada pela Índia, informou uma autoridade local.


A debandada ocorreu por volta das 3h da madrugada de sexta-feira (31), na estrada para o santuário Mata Vaishno Devi, um dos locais hindus mais reverenciados do norte da Índia.

“As pessoas tropeçavam umas nas outras. Era difícil saber que perna ou braço estava emaranhado com quem”, contou uma testemunha.

“Ajudei a recolher oito corpos quando a ambulância chegou, cerca de meia hora depois. Sinto-me sortudo por estar vivo, mas ainda tremo quando me lembro do que vi”, acrescentou.

Existem milhares de santuários nas cidades e vilarejos da Índia, principalmente hindus, bem como em lugares remotos do Himalaia ou nas selvas do sul.

Alguns são locais de peregrinação importantes e o governo nacionalista hindu do primeiro-ministro Narendra Modi investiu pesadamente para melhorar as infraestruturas de acesso.

Antes da pandemia de covid-19, 100 mil devotos percorriam o caminho íngreme para a caverna estreita que abriga o santuário Vaishno Devi.

O número foi reduzido para 25 mil, mas testemunhas e meios de comunicação indicaram que esse número teria sido ultrapassado várias vezes na tragédia deste sábado.

Fila para visitar templo onde ocorreu o acidente , na Índia – Foto: AFP

Segundo algumas versões, uma discussão entre dois fiéis ocorreu antes da debandada.

Os esforços de resgate começaram imediatamente e os feridos, alguns deles em estado crítico, foram transferidos para hospitais vizinhos.

O santuário, que fica aberto 24 horas por dia, está localizado nas colinas de Katra, a cerca de 60 km da cidade de Jammu.

O acesso ao local foi suspenso após a debandada, embora tenha sido reaberto posteriormente.

As pessoas costumam viajar para a cidade vizinha de Katra e caminham 15 km até a entrada da caverna, onde geralmente precisam esperar horas para entrar. Algumas pessoas vão a cavalo e também existe um serviço de helicóptero.

A testemunha Ravinder disse que a tragédia ocorreu em um ponto onde uma multidão que descia do santuário encontrou os que subiam.

Ele calculou que havia pelo menos 100 mil pessoas.

“Não havia ninguém revisando os documentos de registro dos fiéis. Já estive lá várias vezes, mas nunca vi aquele aglomerado de pessoas”, assegurou.

“Foi quando alguns conseguiram levantar um cadáver com as mãos que as pessoas puderam ver (o que estava acontecendo) e abriram espaço para retirar os corpos”, disse ele.

R7

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