Um grupo de PIX vai pagar taxa, segundo o Banco Central

Foto: Reprodução

Conforme a resolução BCB n° 19 de 1/10/2020, para pessoas físicas, empreendedores individuais e MEIs, não existe cobrança de taxa Pix. Contudo, existe uma ressalva.


Banco Central esclarece que esse mesmo grupo pode ser tarifado ao receber via Pix se for configurada situação de compra. Explicando melhor, para que essa cobrança possa acontecer, a pessoa física, o empreendedor individual ou o MEI têm que:

  • Receber mais de 30 Pix por mês, via inserção manual, chave Pix, QR Estático ou serviço de iniciação de transação de pagamento
  • Receber com QR Code dinâmico;
  • Receber com QR Code de um pagador pessoa jurídica;
  • Receber em conta definida em contrato como de uso exclusivo para fins comerciais.

Já para as pessoas jurídicas existe a incidência de uma taxa. Falamos sobre ela mais adiante.

O Pix será tarifado em 2023?

No caso de transações entre pessoas físicas, o Pix segue gratuito em 2023. Como existem muitos rumores sobre o assunto, o ideal é ir direto à fonte e verificar o que diz o Banco Central sempre que alguma dúvida surgir.

Na página de Perguntas e Respostas, a questão número 8 aborda a cobrança de tarifas para pessoas físicas. Dê só uma olhada no que diz a pergunta 8.1 “Quanto o usuário paga para usar o Pix?”:

“As pessoas físicas são isentas de cobrança de tarifas para:

  • Fazer um Pix (envio de recursos, com finalidade de transferência e de compra); e
  • Receber um Pix (recebimento de recursos, com a finalidade de transferência).”

Além disso, dúvidas relacionadas à tarifação ou não de operações Pix poderão ser consultadas a qualquer momento no regimento do Pix, descrito no capítulo XV (Da cobrança de tarifas aos usuários finais)

Portanto, para você não ter dúvidas sobre a cobrança de taxas em 2023, tenha em mente que:

  • O Pix realizado por pessoas físicas continua não sendo tarifado em 2023.

Quais as mudanças do Pix para 2023?

Se o Pix segue gratuito para pessoas físicas, o ano de 2023 veio com algumas mudanças para o método instantâneo de pagamentos:

Limite individual por transações

Os bancos não podem mais impor um limite de valor por transação. Eles devem apenas estabelecer restrições por período de tempo.

Antes da mudança, a instituição financeira determinava o limite por transação e por dia. A partir de 2023, o limite por operação passa a ser opcional, mas sempre de acordo com o teto diário.

Na prática, se uma pessoa tinha um limite diário de R$ 3 mil, com transações limitadas a R$ 1 mil, agora pode movimentar todo o montante em uma única transação. Ou seja, ao invés de precisar fazer 3 movimentações para transferir os R$ 3 mil, o seu cliente pode agora fazer isso de uma só vez.

Horário noturno

As novas regras do Pix também incluem o horário noturno. Para 2023, os bancos poderão flexibilizar esse horário. Entenda:

  • Antes da mudança, o horário noturno começava às 20h e ia até às 6h do dia seguinte,
  • Agora, as instituições poderão oferecer a mudança de horário para a faixa que vai das 22h até as 6h.

Isso significa que, quem desejar fazer transações com valores maiores, poderá fazê-lo até às 22h (lembrando que o limite para operações noturnas via Pix é de R$ 1 mil).

Limite Pix Saque e Pix Troco

Pix Saque e Pix Troco também tiverem uma mudança em 2023 com relação ao limite:

  • Limite diurno: de R$ 500 passa a valer o limite de R$ 3 mil;
  • Limite noturno: de R$ 100 agora o limite é de R$ 1 mil.

Transferências a empresas

O limite para transferências a contas de PJ pelo Pix deixa de existir. Em 2023, cada instituição financeira poderá determinar o valor máximo.

Compras

As operações Pix com finalidade de compra passam a ter os mesmos limites das transações via TED. Antes da mudança, os limites eram atrelados aos dos cartões de débito.

Agora que você viu o que muda em 2023 no Pix para pessoa física, veja como funciona a cobrança de tarifas para pessoa jurídica:

Quais os valores da tarifa Pix para pessoas jurídicas?

Como o Banco Central não definiu uma tabela de tarifas, o valor da tarifa Pix para pessoas jurídicas varia de acordo com a instituição. Para ter uma ideia das taxas cobradas*:

Pessoa jurídica: tarifa Pix cobrada para transferências

  • Banco do Brasil:  0,99% do valor da transação, com tarifa mínima de R$ 1 e máxima de R$ 10.
  • Bradesco: 1,40% do valor por transação, sendo que o valor mínimo é de R$ 0,90 e o valor máximo é de R$ 9,00.
  • Itaú: 1,45% do valor da transação, com tarifa mínima de R$ 1,75 e máxima de R$ 9,60
  • Santander – 1% do valor da transação, com tarifa mínima de R$ 0,50 e máxima de R$ 10.
  • Transfeera: R$ 0,85 e R$ 0,30, a depender da quantidade de pagamentos.

Pessoa jurídica: tarifa Pix cobrada para recebimento

  • Bradesco: cobra 1,40% do valor por transação, sendo que o valor mínimo é de R$ 1,65 e o valor máximo é de R$ 145,00.
  • Banco do Brasil – QR Code: 0,99% do valor da transação, com tarifa máxima de R$ 140.
  • Itaú: até 1,45% do valor da transação, com tarifa mínima de R$ 1 e máxima de R$ 150.
  • Santander – QR Code estático ou dinâmico: R$ 6,54; QR Code via checkout: 1,4% do valor transação, com tarifa mínima de R$ 0,95.
  • Transfeera: R$ 0,85 e R$ 0,30, a depender da quantidade de pagamentos.

* Para garantir valores atualizados, recomendamos verificar com cada instituição a tabela de tarifas. 

Algo importante sobre a cobrança das taxas Pix para PJ é que, para ninguém ser pego de surpresa, o Banco Central determinou que o cliente só pode ser cobrado pelo serviço se, antes de confirmar a transação, receber um alerta.

Além disso, as instituições são obrigadas a discriminar o valor referente às taxas Pix para PJ no comprovante e no extrato da conta.

Você pode se perguntar: mas já que pode existir uma tarifa para minha empresa pagar e receber via Pix, qual é a vantagem, em termos financeiros, do meio de pagamento para minha empresa?

A verdade é que, apesar de poder haver essa cobrança, o Pix ainda contribui para a redução de custos nas organizações. Isso porque na maioria dos bancos o valor máximo cobrado pela transação Pix é menor do que TED e DOC, tanto para transferências feitas em agências como pelo Internet Banking.

No entanto, como existe uma diferença nas tarifas Pix para PJ, é sempre importante fazer uma pesquisa.

Qual o valor limite da taxa Pix para PJ?

Assim como no caso do valor da tarifa Pix para pessoas jurídicas, o Banco Central não definiu uma tarifa máxima para cobrança de transações realizadas via o meio instantâneo de pagamentos.

O Pix da Transfeera

Se você quer utilizar o Pix e reduzir ainda mais os custos, saiba que isso é possível com um sistema de pagamento completo e automatizado. Como exemplo citamos a plataforma de pagamentos da Transfeera, que permite que sua empresa utilize várias contas em diferentes instituições bancárias. Tudo sem precisar acessar o Internet Banking de cada uma, pois a gestão de cash in e cash out é feita pela plataforma graças a uma integração via API.

Além de ganhar na redução de custos, a equipe financeira ganha com a automatização de tarefas e não perde tempo para fazer a conciliação bancária. Destacamos ainda que com a Transfeera você tem pagamentos e recebimentos em um só lugar.

O controle também aumenta, pois a plataforma envia notificações a cada transação efetuada. Outra característica da solução é que ela segue o conceito de invisible bank, já utilizado por grandes marketplaces e fintechs, como: Ifood, Hotmart, Shopee, B2W, Vakinha, Paygoc6 e Sim.

Quer entender melhor como contar com uma solução focada em pagamentos Pix pode ser um fator fundamental na hora de organizar a gestão de pagamentos e recebimentos? Descubra agora mesmo as possibilidades que uma API Pix oferece aos negócios.

Transfeera

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