Unidade do Ciaps enfrenta situação dramática, em Cuiabá

É preciso uma reforma geral no Centro Integrado de Assistência Psicossocial (Ciaps)
É preciso uma reforma geral no Centro Integrado de Assistência Psicossocial (Ciaps)
É preciso uma reforma geral no Centro Integrado de Assistência Psicossocial (Ciaps)

As condições de atendimento da unidade III do Centro Integrado de Assistência Psicossocial (Ciaps) Adauto Botelho, que fica atrás da sede do Departamento Estadual Trânsito (Detran), nunca apresentaram uma situação tão dramática como agora. Além da estrutura precária, os servidores enfrentam problemas que vão desde a falta de insumos a medicamentos. Eles pedem socorro.


“A unidade está sem receber pacientes por falta condições. Há vagas, mas não há condições de trabalho”, afirmou uma funcionária da unidade, que preferiu não se identificar. Como exemplo, ela cita as camas dos pacientes. “As 44 camas são de madeiras e inapropriadas. Não são hospitalares”, comentou. “Toda a estrutura física é inadequada, é muito precária”, acrescentou.

Porém, os problemas não param. “Hoje, não temos luvas, não temos esparadrapos e remédios clínicos básicos como omeprazol e dipirona sódica”, afiançou a servidora. “O principal é a luva. Fica difícil prestar assistência, pois há pacientes que chegam com doenças como aids e hanseníase”, acrescentou.

Sindicato dos Servidores da Saúde e do Meio Ambiente de Mato Grosso (Sisma/MT), Alzita Ormond, lembra que a falta de medicamentos pode provocar reações adversas nos pacientes contra os servidores. “A nossa orientação é para que registrem boletim de ocorrência preventivo”, disse.

Ormond cita ainda mais uma extensa lista de produtos em falta: seringas descartáveis, captropil, solução de glicose 5%, sais de reidratação oral, ácido ascórbico, entre outros. As denúncias dão conta ainda que a unidade tem recebido doações de materiais de limpeza de familiares para manter o funcionamento.

A unidade III atende dependentes químicos masculinos, a partir dos 18 anos. Porém, os problemas semelhantes se estenderia a unidade I. “Uma reforma ampla e completa é necessária e uma reivindicação antiga”, frisou a sindicalista.

Por meio da assessoria, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) garantiu que os medicamentos disponibilizados ao Adauto Botelho são suficientes para garantir o atendimento. Informou ainda que realizou pregões para abastecer várias unidades e que os remédios já estão chegando. Segundo a SES, o Adauto Botelho passa por reforma, manutenção e limpeza, serviços que vão até o fim do ano.

Vale lembrar que a extensão do Adauto Botelho, que fica na Penitenciária Central, foi interditada em março passado a pedido do Núcleo de Execuções Penais (NEP) da Defensoria Pública do Estado.

(Diário de Cuiabá)

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