
Nesta quinta-feira (5), a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) lançará um manifesto sobre os três anos dos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, no Vale do Javari, Amazonas. A ação, que também coincide com o Dia Mundial do Meio Ambiente, tem como objetivo manter viva a memória de Dom e Bruno — e de todos os que morreram defendendo a floresta e os povos originários.
O documento também exige ações concretas para garantir a proteção dos guardiões da floresta. Além do manifesto, a Univaja promoverá uma mobilização nas redes sociais em homenagem ao jornalista e ao indigenista. A organização convida a população a usar verde ou branco e a publicar fotos ou vídeos nas redes sociais com as hashtags #brunoedom #justicaparabrunoedom #brunoedompresentes #univaja #valedojavari #povosindigenas.
Caso Bruno e Dom
A investigação da Polícia Federal, concluída em novembro de 2024, apontou que o crime foi motivado para impedir atividades de fiscalização no Vale do Javari. Rubén Dario da Silva Villar, conhecido como “Colômbia”, foi indicado como mandante. Ele é acusado de ser traficante de drogas e chefe de uma organização criminosa que pratica pesca e caça ilegais.
Atualmente, os dois réus confessos, Amarildo e Jefferson, seguem presos e aguardam julgamento por júri popular. A Justiça rejeitou a acusação contra Oseney por falta de provas, mas o MPF recorre ao STJ para que ele também vá a júri.