Vacina contra catapora está em falta em 16 estados e no Distrito Federal

Foto: Recorte

Um levantamento com Secretarias de Saúde mostra que os estoques de vacinas contra catapora estão em falta ou abaixo do necessário em 16 estados e no Distrito Federal.


Liliane faz questão de proteger o filho e ter o cartão de vacinas completo. Mas uma ficou faltando: varicela.

Era para o Arlon ter tomado a dose com um ano e três meses. O posto disse que não tinha o imunizante. Sete meses depois, Arlon pegou catapora.

“Ligava, mandava mensagem: está em falta. Eu fiquei muito revoltada. Eu ficava triste, chateada”, conta a técnica em saúde bucal Liliane Pereira de Lima.

A catapora é uma doença infecciosa, altamente contagiosa, causada pelo vírus Varicela-Zóster, que provoca lesão na pele e coceira, principalmente das crianças.

São aplicadas 2 doses: com 1 ano e 3 meses e depois, aos 4 anos.

“A vacina é uma forma bastante importante para prevenção dessa doença que se transmite muito fácil. A gente sempre diz: vacinar-se perpassa a dimensão individual, é uma responsabilização coletiva. A catapora pode resolver-se facilmente, mas também pode agravar-se e, dependendo do indivíduo, ocasionar inclusive a morte”, afirma a epidemiologista e líder do Observatório de Pesquisa e Estudos em Vacinação da UFMG Fernanda Penido.

O Jornal Nacional fez um levantamento: em 17 estados e no Distrito Federal os estoques estão baixos ou zerados.

Sem doses em muitos postos de saúde do País e com muita procura, a luta contra a catapora está longe do esperado.

O Ministério da Saúde recomenda que 95% das crianças estejam imunizadas. Mas pouco mais de 71% estão protegidas contra a doença.

Em Contagem, cidade vizinha de Belo Horizonte, 20 mil crianças estão com o cartão incompleto.
Os postos de saúde costumam receber 6 mil doses contra catapora todo mês. Desde o meio do ano passado, chegaram só 4 mil.

No começo de dezembro vieram tão poucas, 220, que a prefeitura concentrou tudo num posto só, que fica dentro de um shopping.

“Como está em período de férias, os shoppings ficam bem lotado, os pais trazem nesse período de Natal, a gente centralizou pra facilitar também para os pais trazerem”, conta Clarissa Castro, diretoria de Vigilância Epidemiológica de Contagem.

O Ministério da Saúde diz que em 2023 houve um problema com o fornecedor do imunizante, o que provocou o desabastecimento. Mas que tem estoque estratégico para suprir a demanda e contratou outros laboratórios.

Fonte: G1

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