Valdemir Santana fala de CUT, Zona Franca, Suframa e trabalhadores do PIM

Presidente Lula e Valdemir Santana na visita à Honda-AM, na campanha, em 2022 - foto: Sindimetal

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas (SindMetal-AM) e da Central Única dos Trabalhadores no Amazonas (CUT-AM), Valdemir Santana, concedeu entrevista à uma emissora de Manaus na quinta-feira (19), abordando temas pontuais sobre as relações de trabalho, emprego, renda e investimentos no Estado.


O Polo Industrial de Manaus (PIM) e a Superintendência da Suframa foi um dos temas principais abordados.

Atualmente, de acordo com Santana, o sindicato representa mais de 100 mil trabalhadores no PIM e no polo naval. “A responsabilidade é muito grande. A luta é diária para beneficiar os trabalhadores, com direitos iguais a todos eles. É importante também unir forças porque, falamos de mais de 600 mil pessoas entre trabalhadores e seus familiares, distribuídos em vários setores comerciais e de serviços, sobre a batuta de uma autarquia federal. A Suframa”, explicou.

Superintendência

Sabendo que o novo comando da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) só será divulgado em fevereiro, após as eleições dos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, ainda assim, Valdemir Santana, se preocupa com as tentativas de transformarem a autarquia em ‘cabide de empregos’ para aposentados e pensionistas políticos.

“Quem entende de indústria, força de trabalho e as necessidades de investimento nos setores produtivos do Estado, é quem está por dentro das indústrias, da produção, quem conhece as engrenagens do sistema”, avalia.

Os nomes especulados até agora pela mídia local, são: Bosco Saraiva, José Ricardo, Orcine Junior, Humberto Michiles, João Pedro, Marcelo Ramos, entre outros. Hoje (20), um canal de comunicação de Manaus, soltou a mais nova leva. Apareceram os nome de Pauderney Avelino e Thomaz Nogueira, que já dirigiu a instituição e, que teria sido indicado pelo senador Omar Aziz para o cobiçado cargo.

Entretanto, na lista dos preferidos, Valdemir Santana, desponta com o apoio das Centrais Sindicais e de fortes integrantes do PT, no governo Lula. No entanto, a opinião do vice-presidente e ministro de Desenvolvimento, Comércio e Indústria, Geraldo Alckmin, também deverá ser levada em consideração. Essa é a principal preocupação de todos.

IPI

Sobre a questão do Imposto sobre os Produtos Industrializados (IPI), o dirigente sindical ressaltou que é necessário haver discussões com o governo federal. Uma reunião, inclusive, está marcada para a próxima semana com o vice-presidente do Brasil e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.

“A reforma é necessária, mas não deve prejudicar as pessoas. É importante debatermos a proposta do governo federal de acabar com o IPI porque o Polo Industrial é do Brasil, ele que segura a floresta e o meio ambiente como um todo, até porque a floresta no Sul já acabou”, disse Valdemir. “Os empregos gerados aqui seguram o Brasil”, completou.

O dirigente ainda reforçou que nos últimos quatro anos, o PIM teve consideráveis perdas. Além de demissões, empresas fecharam as portas e até mesmo fábricas deixaram o complexo no período de governo Bolsonaro.

Na avaliação de Santana, é necessário fazer um estudo para criar outras linhas de produção. “Os empregos criados no PIM não surgiram de uma hora para outra. Vamos brigar para que o PIM seja permanente por conta da alta geração de empregos em todo o Estado”, analisou.

Da Redação

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