A revista Veja revela que o ministro da Justiça, Sérgio Moro, está no bico do urubu por andar com más companhias. A publicação da Abril faz uma “vacina” antecipando-se ao ‘chumbo grosso’ que vem aí contra o ex-juiz da lava jato.
O desatento Moro, vez ou outra, deixa se fotografar com membros de ‘organizações criminosas’ — adjetivo que ele e alguns procuradores costumam usar contra desafetos políticos.
Em 2017, Moro bateu retrato ao lado de dois funcionários do Ministério do Trabalho que posteriormente foram presos pela Polícia Federal sobre a acusação de vender cartas sindicais (autorização para funcionamento de sindicatos).
Sobre os moços presos pela Operação Registro Espúrio — Renato Araújo Júnior (à dir.) e Leonardo Cabral Dias (à esq.) — a Veja, comportando-se como advogada, jura que “Moro só conheceu [os galalaus] na hora de bater a foto”.
O diabo é que em depoimento, Cabral disse à PF que só concedeu registro sindical ao SindiAbrabar porque Moro interveio pessoalmente para conseguir a carta sindical para o amigo de festas.
“Cabral diz que o registro do SindiAbrabar só foi deferido depois de intervenção direta de Moro”, conta a Veja, que ainda relata a tentativa de Aguayo regularizar a entidade havia cinco anos no Ministério do Trabalho. “Foi quando Sergio Moro teria ligado para o ministério, pedindo em favor do amigo a Cabral, que coordenava o setor de registros sindicais”, prossegue a reportagem. “O ex-servidor conta que a carta de autorização foi concedida logo depois.”
Portando-se como procuradora de Moro, a Veja ainda profetiza que advogados e parlamentares estão armando a cama de gato para o ministro da Justiça.
Aguayo reclamou à Veja que “a turma do PT ficou em cima da gente” e o festeiro Moro negou à publicação da Abril que tenha pedido ou falado com os moços presos pela PF.
O PT instigado acerca do tema, por sua vez, foi bastante lacônico em relação às suspeitas que recaem sobre Moro: “diga-me com quem andas e eu te direi quem tu és”.
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