Não faz nem 2 anos e meio, a política colocou no Brasil um grupo chamado de ‘bolsonaristas’, que já entrou nas redes sociais batendo pesado e prometendo mandar todo mundo que não pensava igual a eles, para a Venezuela.
Eles eles apontavam o dedo na direção de dirigentes de todas as instituições que não estavam alinhadas com o pensamento trombador do líder do grupo, o então candidato à presidência da República, Jair Messias Bolsonaro, mais identificado na época como (Mito) e seus quatro filhos (01, 02, 03 e o 04).
O grupo cresceu durante o período eleitoral, agigantou-se, teve muitos aliados importantes e pontuais. Governadores, deputados, empresários, juristas e muitos, muitos militares de todas as categorias, resolveram apoiar o Mito, por acreditarem em uma proposta melhor para o Brasil.
O problema, é que todos embarcaram na onda da difamação, xingamento e fake News financiados não se sabe por quem, ainda. O STF, as presidências da Câmara, Senado, o Partido dos Trabalhadores, sempre foram os seus principais alvo.
A palavra mais carinhosa que um bolsonarista se refere a qualquer membro do PT, é de ladrão. O Mito dizia que ia fuzilá-los abertamente e todos aplaudiam. Todos os filiados ou simpatizantes do Partido dos Trabalhadores, indistintamente, não importa a posição social, econômica e financeira, na opinião dos bolsonaristas, é LADRÃO.
As eleições aconteceram, o Mito ganhou com 57 milhões de votos sem sair de casa, mas a campanha de difamação em vez de arrefecer, ampliou. Hoje não são só os integrantes do PT, que são ladrões, mas todos os que não compactuam com as ideias absurdas e inconcebíveis do tal de Mito.
Mito virou pesadelo
Até governadores antes idolatrados, hoje são caçados, achincalhados, difamados. Deputados que antes apoiavam e que pularam do barco em naufrágio, estão sendo ameaçados nas redes sociais e, correndo risco de serem apedrejados nas suas aparições públicas.
O Mito virou pesadelo para muitos que auxiliaram na campanha eleitoral e que na época emprestaram o seu prestígio ao então candidato à presidência. O fardo ficou pesado demais para ser carregado pelo povo brasileiro e mais de uma dezena deles, hoje são oposição.
Os apoiadores diminuíram, hoje em torno de 30% e em queda. É o que ainda resta, mas a difamação continua pesada e com manifestos públicos, embora em um número bem menor.
Empresários, juristas, o Supremo Tribunal Federal (STF) são malhados diariamente. Ministros do Supremo, recebendo até ameaça de morte nas redes sociais e na porta do Supremo, jornalistas sendo agredidos nas incompreensíveis manifestações pró-Bolsonaro.
Mas, fale que o presidente é feio!…
Os bolsonarista esqueceram que a campanha acabou, que o Brasil é de todos os brasileiros, que as instituições foram criadas para nos servir e devem ser respeitadas, que o presidente está no poder para governar para todos e que ele só vai presidir a Nação com transparência se todos: cidadãos, órgãos de fiscalização, Ministério Público, STF, polícias, imprensa estiverem observando os passos do presidente.
Caso contrário, ‘todos os governantes’, independente de partido ou tendência política, estarão sujeitos a cometerem desatinos e traquinagens. Por isso, vamos dar as mãos.
Democracia ainda é o melhor regime e a nossa arma é o Voto.
Para terminar, eu acho o presidente feio, narigudo, mal educado, tem a boca torta e fala muito palavrão e, deve ter mau hálito!.. Mas, o que isso tem a ver com alguma coisa?
Pena que 28% dos bolsonaristas sequer vão ver esse texto. Eles não gostam de ler.
George Cúrcio – da Redação do Correio da Amazônia