Zoneamento econômico ecológico da Região do Madeira começa neste semestre

Secretária Kamila Amaral(SDS)/Foto: Nathalie Brasil
Secretária Kamila Amaral(SDS)/Foto: Nathalie Brasil
Secretária Kamila Amaral(SDS)/Foto: Nathalie Brasil
Ator e ambientalista Vitor Fasano/Foto: Nathalie Brasil
Ator e ambientalista Vitor Fasano/Foto: Nathalie Brasil

Será iniciado, ainda, neste semestre o trabalho de Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) na região do rio Madeira, a cargo da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS), segundo anúncio foi feito na manhã de hoje (12), durante a apresentação da segunda edição da Revista Amazonas Sustentável, no Centro Cultural Povos da Amazônia,  que contou com a presença do ator e ambientalista Vitor Fasano.
O Zoneamento é um instrumento técnico e político de gestão territorial, referencial para o planejamento de desenvolvimento e uso do território, que identifica as potencialidades e as limitações de cada região, referentes aos seus recursos naturais, orientando investimentos do governo e do setor privado, com vistas à proteção ambiental e ao desenvolvimento sustentável. De acordo com a secretária da SDS, Kamila Amaral, o ZEE é uma ferramenta importante para contribuir com as ações de combate ao desmatamento.


“O controle do desmatamento significa fazer o manejo florestal. O zoneamento nada mais é que destinar áreas para o desenvolvimento sustentável. O Amazonas tem áreas para fazer o manejo com potencial para ser um polo moveleiro, por exemplo. Quando se faz o zoneamento já se pensa em todas essas estratégias. Se no local já há uma pessoa que faz o manejo ela não vai aceitar que entrem nessa área de floresta para desmatar, ou seja, a própria sociedade se torna fiscal no combate ao desmatamento”’, ressaltou Kamila.

Com o zoneamento, destacou Kamila, será possível dotar os governos federal, estadual e municipais de bases técnicas para as políticas públicas e promover o ordenamento territorial. Permite, ainda, aumentar a eficácia da intervenção pública na gestão territorial; ser instrumento de negociação entre várias esferas de governo e entre estas e o setor privado e sociedade civil, fortalecendo parcerias.

Revista – A segunda edição da revista Amazonas Sustentável, publicação produzida pela SDS, reúne balanço das principais ações do Governo do Amazonas na área ambiental. A publicação será distribuída gratuitamente para instituições de ensino e pesquisa, escolas e bibliotecas.

Entre os principais dados publicados na revista está a redução do desmatamento no Amazonas, que caiu 20% em setembro de 2014 em relação a 2013 tendo como fonte de informação os relatórios do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Ainda de acordo com a publicação, no acumulado de 11 anos o desmatamento no Estado reduziu 70%.  Em um dado mais recente publicado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente (Imazon), o Amazonas ficou com a porcentagem de 1% do total de 288 quilômetros de área desmatada, ou seja, 2km2 sendo o Estado que menos desmatou em janeiro de 2015 em comparação com os estados da Amazônia Legal.

Sobre o manejo florestal, a publicação informa que houve um crescimento de 50% no volume de madeira manejada em 2014 em relação ao ano anterior, após ações integradas SDS e Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam). Na geração de renda sustentável mais de 6 mil famílias foram beneficiadas pelas ações ambientais desenvolvidas pelo Estado como a extração de castanha, pescado e venda de produtos agrícolas o que representa um rendimento de R$ 13.7 milhões.

A publicação traz ainda dados como o aumento de 40% do manejo do pirarucu no ano de 2014 em relação a 2013, com uma produção 1000 toneladas com faturamento de R$ 6 milhões. De acordo com Kamila, a revista é uma prestação de contas do Estado em relação a políticas ambientais.

“O objetivo da revista é mostrar o que o Amazonas está fazendo em relação às políticas públicas voltadas para o meio ambiente e desenvolvimento sustentável. Como a política ambiental é transversal, trazemos dados de produção também. Na capa destacamos o manejo do pirarucu ao longo de 2014. Nós conseguimos impulsionar a despesca do pirarucu em lagos manejados onde a comunidade consegue fazer a pesca e dividir o lucro entre eles. É um número fantástico onde conseguimos preservar, conservar e ao mesmo tempo fazer a produção do pirarucu aumentar”, disse.

O ator Victor Fasano destacou o lançamento da revista como divulgação de boas práticas em prol do meio ambiente. Ele ressaltou a importância do manejo como forma de agregar valor aos produtos da floresta. “As boas práticas precisam ser divulgadas e uma revista como essa mostra os passos que o governo está tentando dar para fazer com que o Amazonas se torne realmente sustentável, com as populações entendendo que é vantajoso proteger a floresta. O manejo é fundamental para isso”, afirmou.

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