14 de agosto: Dia da Unidade Humana (Por Raimunda Gil Schaeken)

Professora Raimunda Gil Schaeken(AM)

Falar em unidade humana é quase uma redundância, já que a humanidade, por toda sua história, demonstra ter a união como valor inerente aos seus desdobramentos. Desde os primórdios, nós nos organizamos em tribos, em grupos; para o homem, é praticamente impossível viver só. A família, os amigos, os colegas formam círculos de convivência dos quais dependemos e sentimos falta.
Estudos de longa data demonstram que faz parte do convívio social a formação de vínculo afetivo construído inicialmente em casa com os pais. Posteriormente, este modelo de contato é utilizado para as outras relações, em seus vários níveis. Integrar pessoas, portanto, é abrir canais afetivos, que comunicam a todo momento, o que sentimos e como somos.


Deve-se aceitar e permitir que a maravilhosa, rica e plena diversidade humana floresça em liberdade completa, alcançando ao mesmo tempo uma unidade interior e experimentando uma sociedade unificada e harmoniosa. Há momentos em que a mistura humana parece demasiada, complexa demais, quando tensões ocultas vêm à tona ou antigos padrões de comportamento predominam. Mas, na realidade, esta mistura é perfeita. Fomos feitos para viver em união, uma vez que a raça humana deve sempre desenvolver o sentido de universalidade da unidade humana.

Assim, podemos contemplar o desenvolvimento do plano de Deus, na expansão da consciência, revelada pela crescente disponibilidade da educação de massa e do reconhecimento, cada dia mais amplo, de culturas e experiências de indivíduos, cujas vidas são muito diferentes das nossas.

Verificamos, também, que a globalização, de algum modo, está ocorrendo antes que o sentido de universalidade esteja suficientemente ancorado na consciência humana. O impacto que exerce o sentido da totalidade sobre a consciência, ainda que assustador, profundamente reconfortante, pois, apesar de estarmos submersos no todo, não perdemos nossa identidade.

A onda de globalização das últimas décadas é somente o começo. Não sabemos, realmente, onde estamos indo, mas é claro que a humanidade determinará o seu destino em coletividade.

A unidade humana, sem a consciência do indivíduo, seria somente a expressão de um rebanho. O plano de Deus para a evolução progride mediante a expansão da consciência, até incorporar as mais amplas e inclusivas esferas do ser.(Raimunda Gil Schaeken – Tefeense, professora aposentada, católica praticante, membro efetivo da Associação dos Escritores do Amazonas – ASSEAM e da Academia de Letras, Ciências e Artes doAmazonas – ALCEAR.)

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