15 de Junho: Feriado Municipal, em Tefé/AM

Professora Raimunda Gil Schaeken
Professora Raimunda Gil Schaeken
Professora Raimunda Gil Schaeken

Não poderia deixar de registrar o dia 15 de junho, data festiva e histórica, para todos nós tefeenses.

Pela Resolução Provincial n. 44, de 15 de junho de 1855, a Vila de Ega foi elevada à categoria de cidade, com o nome de Tefé..


Ega significava para os lusos, terra de promissão e Tefé, palavra do Nheengatu, traduzia Rio Profundo. Vem de  Tapi, Tepé, Tephé, Teffé e, finalmente Tefé, derivada de uma extinta tribo de índios Tupebas ou Tapibas.

Justamente nesse 15-06-2014, estava em Tefé para a festa dos 50 anos de vida religiosa da Irmã  Esperanza, fmm, celebrada com alegria pela comunidade, os ex-alunos, colegas e muitos amigos(as); missa muito bonita, arraial junino com comidas típicas e a apresentação das danças CANINHA VERDE, CARIMBÓ E QUADRILHAS; encerrando as comemorações com um festivo almoço de confraternização.

Para minha tristeza, não vimos as festas folclóricas das Escolas, nenhum movimento para o alegre festival folclórico.

O feriado municipal passou sem a grande festa dos anos passados. Lembramos que esse dia é celebrado com muita festa pelos tefeenses, ocasião em que havia desfile escolar pelas principais ruas da cidade, relembrando fatos históricos alusivos a essa data magna. Nas escolas, eram realizados concursos de poesias, redações e desenhos; ocasião em que cantávamos com orgulho o nosso Hino que retrata muito bem a nossa história e as nossas belezas naturais.

Hoje, apenas as boas lembranças,  e nos perguntamos, o que estará acontecendo com a nossa Princesinha do Solimões? Não podemos ficar calados e vamos lutar para que as nossas tradições sejam respeitadas e que o nosso povo possa desfrutar de dias melhores.

Não podemos esquecer, também, de que Tefé mantém um carinho todo especial pelo saudoso e grande poeta Gonçalves Dias que, durante sua estada na cidade, cognominou-a de “Princesa do Solimões”. Esse título, aliás, ainda hoje, muito tem orgulhado os tefeenses. Hoje, não se sabe por que, “Princesa do Solimões” vem sendo utilizado pela cidade amazonense de  Manacapuru.

Mas ainda é tempo de resgatarmos o que de fato é nosso, da nossa querida Tefé, berço de muitas famílias e de filhos ilustres. Vamos, também, resgatar os nossos valores, princípios morais, religiosos e cívicos que foram ensinados pelos nossos antepassados  É triste ouvirmos dizer: Tefé é a cidade do “já teve”, onde outrora reinou a paz e a concórdia.
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Mesmo sofrendo ou sorrindo, Tefé sempre confiará na altivez de seus filhos Escritores, Advogados, Médicos, Engenheiros, Arquitetos, Promotores, Juízes de Direito, bons profissionais e, sobretudo, grandes mestres e educadores, formados pelos Padres da Congregação do Espírito Santo e pelas Irmãs Franciscanas Missionárias de Maria, pioneiros da educação em  Tefé.

Cantemos sempre em alta voz  o nosso Hino que, retrata a nossa belíssima história.

Hino de Tefé

Letra e música de padre Manuel Cauper cssp.

Aos apelos da voz do passado,
Nossas almas erguidas de pé;
vêm cantar-te num preito sagrado
Ó cidade gentil de Tefé.

Tua história de lutas ingentes
Foi um facho de vivo clarão,
A brilhar sobre as matas virentes
Deste vasto e formoso rincão

Refrão

Do Amazonas, Comuna altaneira,
És princesa do Rio Solimões,
Salve! Salve! Tefé sobranceira!
Tens os nossos fiéis corações!

Sobranceiro ao teu lago formoso,
Entre as praias e matas em flor;
Tu plantaste um padrão glorioso
De progresso, de fé, de labor.

O teu povo de grande nobreza,
É leal, tem altiva cerviz;
Sob o manto de Santa Teresa,
Vive honrado, contente e feliz.

RAIMUNDA GIL SCHAEKEN (Tefeense, professora aposentada, católica praticante, membro efetivo da Associação dos Escritores do Amazonas –ASSEAM e da Academia de Letras, Ciências e Artes do Amazonas – ALCEAR.)

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