
Onde estão os shows milionários, as praças e estádios com distribuição de cestas básicas, aluguéis de palco, artistas?
A música silenciou-se. Veio a reforma das Leis do Trabalho, a agonia da CLT, a opcionalidade das contribuições sindicais, o esvaziamento e o empobrecimento dos sindicatos e o desemprego em massa.
A festa acabou, o emprego virou estatística do governo e o trabalhador indo para a informalidade. Hoje já são 14 Milhões de desempregados. Amanhã podem ser 15 Milhões, 16 Milhões ou mais. O sistema financeiro está aí para moldar o mercado a seu lucro.
E se agora já não existe trabalho, nos próximos meses pode ser pior. O modelo Zona Franca está se desmoronando, o sistema diz que está dando prejuízos e por isso deve acabar e, lá se vão os 80 mil postos de trabalho formal do Distrito Industrial e uma capital de 2,6 milhões de habitantes tendo que buscar um lugar qualquer no Brasil.
Hoje nem os sindicatos, nem os velhos métodos de conduzir a luta, as reivindicações, vão dar resultado.

Os representantes do povo trabalhador estão a se agarrar aos seus próprios interesses, sem ainda ter assimilado o que está acontecendo, nem nos auditórios dos sindicatos nem nos plenários do Brasil a fora. Principalmente, que interesses são esses que vem das terras do Tio Sam.
Aliás, ninguém sabe o que está acontecendo, com os empregos, com o Brasil. Nem o gerente maior do Planalto sabe. E se é assim, os sindicatos estão ficando acéfalos, não por culpa dos seus dirigentes, mas por não terem previsto a movimentação do Sistema e seus métodos internacionais, fortemente articulados no subsolo do poder paralelo. O econômico.
Lucro, banco, bolsa, papéis e interesse internacional não combinam com postos de trabalho e nem com benefícios e direitos para os trabalhadores.
Ainda bem que ficou o Feriado. Melhor acender uma vela para o dia 1º de Maio continuar como dia de folga.