

Testemunhas de acusação do júri do ex-cirurgião Farah Jorge Farah, acusado de matar e esquartejar uma paciente e amante, trouxeram à tona casos de supostos abusos sexuais contra mulheres que foram clientes da clínica onde ocorreu a morte da vítima.
O delegado responsável pelo inquérito, em 2003, Italo Miranda Júnior contou que pacientes o procuraram dizendo que ficaram dopadas e sentiam cheiros de frutas nas cirurgias. Algumas delas, que passaram por operações nos seios, reclamavam de dores na vagina, como conta o delegado.
— Ele dizia que era efeito dos remédios.
Maria das Graças Amaro, ex-paciente, teve uma necrose no umbigo após passar pelo consultório.
— Eu só lembrava de ele falando no meu ouvido ‘quer namorar comigo?’ e de quando eu voltava em casa e sentia meu corpo diferente.
Os trabalhos retomam às 10h30 desta terça feira (13).
Caso
O ex-cirurgião Farah Jorge Farah, condenado em 2008 a 13 anos de prisão por homicídio e ocultação de cadáver, voltou nesta segunda-feira (12), ao banco dos réus. Desde que o primeiro julgamento foi anulado a pedido da defesa no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), em janeiro de 2013, o novo júri foi adiado cinco vezes.
Estadão