
A principal derrapada do prefeito Arthur Neto do PSDB foi o aumento da passagem de ônibus em Manaus, que, em conseqüência, provocou a falta de troco nas catracas, confusões e brigas com cobradores e motoristas.
Na ponta do problema, os cobradores são os que pagam o pato todos os dias. As garagens não facilitam o troco e nem os passageiros se preocupam em carregar moedas nos bolsos para facilitar para os cobradores.

Sem moedas de R$ 0,20 do troco, as cobradoras e cobradores tem passado maus momentos com as exigências dos passageiros. Uma delas, a cobradora Delcinira do Amaral, da linha 209 da Via Verde, diz que “a bolsa do usuário pode estar cheia de moedas, mas eles não dão de ruim. Eles não colaboram com o cobrador. Estou para ficar doida”, aponta.
Para o cobrador Félix Nogueira, também da Via Verde, a decisão de um aumento “quebrado” foi errada. De acordo com ele as empresas não dão moedas para os cobradores e os passageiros seguram o troco, porque existe a Lei do Troco, que lhes dão o direito de não pagar passagem se o cobrador não trocar o dinheiro.
Com isso, é comum ver imensas confusões e discussões entre passageiros e cobradores em todas as linhas. Em uma delas, um passageiro resolveu atar uma rede dentro do ônibus (lotado) e deitou-se nela. Ele alegou que com o preço da passagem a R$ 3,80, as empresas tinham que dar conforto aos passageiros. Como não existe, ele resolveu trazer uma rede de casa.
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Tudo isso é resultado da intriga que o prefeito Arthur Neto do PSDB criou com o governo, para justificar o aumento abusivo da passagem de ônibus na capital do Amazonas, poucos dias depois de ter afirmado, reafirmado e jurado que não permitiria o aumento.