

Será iniciada amanhã, sexta-feira (26), a cargo da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), a etapa urbana da 35ª Campanha Anual de Vacinação Antirrábica Animal, que está dividida em três etapas: a Etapa Rural – Fluvial, que contempla as comunidades ribeirinhas localizadas às margens dos rios Negro e Solimões; a Etapa Rural – Terrestre, que contempla ramais e vicinais; e a Etapa Urbana, concentrada em bairros estratégicos da capital. A abertura da campanha acontecerá, às 9h, na sede do Distrito de Saúde Leste (Disa Leste), na Rua das Rosas, s/n°, Jorge Teixeira I.
Cobertura
Este ano, só na Etapa Rural (Fluvial e Terrestre), já foram vacinados 8.074 animais. Por meio do Centro de Controle de Zoonoses, a meta é vacinar 161.110 cães (80% da população estimada) e 45.458 gatos (100% da população estimada), totalizando 206.568 animais no município de Manaus.
Para a melhor cobertura, os vacinadores foram distribuídos nos quatro Distritos de Saúde da cidade e vão visitar as residências com a intenção de atender a toda população. No ano passado, a campanha vacinou 211.370 animais.
Zonas geográficas visitadas
Na zona Norte, as equipes de vacinação estarão nos bairros Braga Mendes e Cidade de Deus; na Zona Oeste, as equipes estarão nos bairros Parque Riachuelo e Parque São Pedro; e na Zona Leste, as equipes estarão nos bairros Coroado I, II, III, Conjunto Tiradentes, Petros, Vilar Câmara e Mauazinho. A vacinação vai acontecer até o dia 3 de novembro.
A doença
A raiva é uma doença provocada por um RNA vírus da família Rhabdoviridae e gênero Lyssavirus, caracterizada por sintomatologia nervosa que acomete mamíferos, e é transmitida pelo cão, gato, bovinos, equinos, suínos, macaco, morcego e animais silvestres, através da mordedura ou lambedura da mucosa ou pele lesionada por animais raivosos. Os animais silvestres são reservatório primário para a raiva na maior parte do mundo, mas os animais domésticos de estimação são as principais fontes de transmissão da raiva para os seres humanos.
O homem recebe o vírus da raiva através do contato com a saliva do animal enfermo. Isto quer dizer que, para ser inoculado, não precisa necessariamente ser mordido – basta que um corte, uma ferida, arranhão profundo ou queimadura em sua pele entrem em contato com a saliva do raivoso. Independente da forma de penetração, o vírus dirige-se sempre para o sistema nervoso central. O período de incubação (tempo decorrido entre a exposição ao vírus até a manifestação dos primeiros sintomas), porém, varia com a natureza do vírus, o local da inoculação e a quantidade inoculada. Se o ponto de contágio tiver sido a cabeça, o pescoço ou os membros superiores, o período de incubação será mais breve, porque o vírus atingirá a região central com maior rapidez. A partir daí, o vírus migra para os tecidos, mas, sobretudo para as glândulas salivares, de onde é excretado juntamente com a saliva. Tanto no homem como nos animais, quando os sinais da moléstia se manifestam já não há mais cura possível – a mortalidade chega perto de 100%. Assim, todo tratamento tem que ser feito durante o período de incubação, quando o paciente não apresenta sinais e não manifesta queixas.
No homem, o primeiro sintoma é uma febre pouco intensa (38 graus centígrados), acompanhada de dor de cabeça e depressão nervosa. Em seguida, a temperatura torna-se mais elevada, atingindo 40 a 42 graus. Logo a vítima começa a ficar inquieta e agitada, sofre espasmos dolorosos na laringe e faringe e passa a respirar e engolir com dificuldade. Os espasmos estendem-se depois aos músculos do tronco e das extremidades dos membros, de forma intermitente e acompanhados de tremores generalizados, taquicardia, parada de respiração.
No Brasil, ainda existem casos no Nordeste e Sudeste. No Amazonas, o último caso registrado foi em 2007. Em caso de agressão, a vítima deve lavar, imediatamente, o local da lesão, e procurar uma Unidade de Saúde para atendimento o mais rápido possível. O animal precisa ser mantido em observação.