
Autazes, Canutama, Manacapuru, Parintins e Tapauá teriam envolvimento no escândalo do Ministério da Educação. O titular da pasta, Milton Ribeiro, é suspeito de prática de improbidade administrativa e tráfico de influência por atuação em parceria com um “gabinete paralelo” de pastores que intermedeiam a destinação de verbas para municípios.
Os favorecimentos teriam acontecido a pedido do presidente da República, Jair Bolsonaro. Os municípios amazonenses citados teriam sido favorecidos por Ribeiro e aparecem com mais de 70 projetos voltados para a área da Educação. Do total de projetos, 25 seriam de Parintins, 12 de Autazes e Manacapuru e 11 de Canutama e Tapauá.
De acordo com notícia publicada pelo Estadão. o ministro Milton Ribeiro atua com um grupo de pastores sem nenhum vínculo com a pasta ou o tema Educação. Ainda conforme o veículo, “capitaneado pelos pastores Gilmar Silva dos Santos e Arilton Moura, o ‘gabinete paralelo’ age para facilitar a liberação de recursos, permitir o acesso de outras pessoas ao ministro e interferir na gestão do ministério”.
Um áudio vazado pelo Folha de São Paulo revela que Bolsonaro teria feito um “pedido especial”. A solicitação seria para que o MEC priorizasse municípios e “amigos” do pastor Gilmar Silva dos Santos.
O senador Alessandro Vieira (PSDB-SE) afirmou que vai acionar o Ministério Público e a Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Milton Ribeiro.