
A Justiça Federal do Amazonas concedeu liberdade provisória a Rubens Villar Coelho, conhecido como “Colômbia”. Dentre outras investigações vigentes, ele é apontado como um dos envolvidos nas mortes do indigenista Bruno da Cunha de Araújo Pereira e do jornalista Dom Phillips, ocorridas em junho de 2022. A recente decisão é referente ao processo sobre uso de documentos falsos pelo investigado.
Ele segue detido, pois responde por outros crimes.
O juiz Fabiano Verli, da Vara Federal Cível e Criminal de Tabatinga (AM), impôs algumas restrições na decisão. Rubens Villar Coelho deveria pagar fiança no valor de 15 mil reais, além de permanecer em reclusão domiciliar e se apresentar mensalmente à justiça. O preso também estaria proibido de deixar a cidade de Manaus e deve usar tornozeleira eletrônica.
O Ministério Público Federal (MPF) se manifestou contrário à concessão da liberdade provisória e entrou com um recurso argumentando que o suspeito deve permanecer preso até que sejam sanadas todas as dúvidas sobre sua identidade.
No momento da prisão, ele apresentou à Polícia Federal (PF) documentos de três diferentes nacionalidades – brasileiro, peruano e colombiano – nos quais é identificado como Rubens ou Ruben.
O MPF argumenta que “o requerente, assim que posto em liberdade, não precisa de muito para conseguir se evadir e fugir da aplicação da lei penal brasileira”.
A procuradoria também sustenta que o documento brasileiro apresentado por ele à PF “é ideologicamente falso e, com isso, Rubens (ou Ruben), de fato, praticou o crime de uso de documento falso”.