
Familiares da jovem Pâmela Mikaely da Silva Pantoja (31), fizeram uma manifestação nesta segunda feira (13, em frente ao Hospital Rio Negro da Hapvida, na rua Tapajós, 561, Centro de Manaus, para protestar contra o que eles chamaram de erro médico que resultou na morte prematura e inexplicável da jovem.
Advogados do hospital Hapvida, disseram aos familiares, por meio da administradora regional do plano de saúde Hapvida, identificada como Sheila, que nesta terça-feira (14), irão apresentar o laudo médico em juízo, com as informações que levaram Pâmela ir a óbito, depois de ser diagnosticada com pedra na vesícula.

Açougue humano
Indignada com o descaso no atendimento prestado pela instituição que vende planos de saúde no Amazonas, a mãe da vítima, Miraci Firmino da Silva, taxou o Hospital Hapvida de ‘açougue humano’, dado a forma como a filha foi a óbito.
Miraci disse que desde 11 de novembro de 2022, a filha vinha sendo internada com fortes dores no abdome, mas os médicos da Hapvida só medicavam, aplicavam Buscopam e a mandava de volta para casa.
Pâmela retornou ao hospital outras vezes, sendo medicada sempre da mesma forma, mas só na sexta feira (03), ela deu entrada já em estado grave mas os médicos resolveram internar a moça no domingo (05). Depois disso, pediram ressonância magnética quatro dias depois, na quinta feira (09), quando “finalmente descobriram” que a dor que Pâmela sentia era uma pedra na vesícula, já bastante inflamada.
Familiares na frente do Hospital da Hapvida
Tratamento em casa
Ainda assim, disse a mãe de Pâmela, eles a mandaram para casa, para esperar a cirurgia. Mas quando foi no domingo (05), a filha de dona Miraci já não aguentando mais as dores, retornou novamente à Hapivida, para novo procedimento.
“Ao chegar ao hospital, o médico Paulo Henrique descobriu que Pâmela estava com pancreatite aguda, que agravou a enfermidade e ele receitou antibiótico. Fizeram outra ressonância e confirmaram que a pedra havia se multiplicado e que era necessário fazer a cirurgia urgente”, descreveu a senhora Miraci Firmino.
CTI
Já em estado grave, Pâmela foi parar no Centro de Terapia Intensiva (CTI), onde teve duas paradas cardíacas de quinta para sexta feira última, vindo a falecer na madrugada de domingo (12). Na recepção, os familiares receberam a informação de que Pâmela faleceu por ‘infecção generalizada’ e mais nenhuma informação.

Hoje, depois do enterro, os familiares e amigos voltaram ao Hospital Hapvida, para manifestar, pedir providências das autoridades de Saúde do Estado e justiça pelo erro médico.
Pâmela deixou uma criança de 09 meses de idade. Os familiares estão transtornados e esperando que os seus advogados entrem com ação no Ministério Público (MP), para impedir que outros casos ocorram pelo erro da ‘vendedora de planos de saúde’, mas sem condições de atender os segurados.