
Uma pesquisa realizada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) revela que seis em cada dez brasileiros estão preocupados em fornecer dados biométricos, como impressões digitais e reconhecimento facial. Em 2023, 30% dos entrevistados expressaram preocupação, um aumento em relação aos 24% registrados em 2021. O estudo também aponta que mais empresas brasileiras estão armazenando dados biométricos e informações de saúde de seus funcionários e clientes, com um aumento de 24% para 26% nesse período.
Os brasileiros demonstram maior apreensão em compartilhar dados biométricos com instituições financeiras (37% “muito preocupados” e 36% “preocupados”), órgãos governamentais (35% e 38%) e transportes públicos (34% e 37%). Segundo Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br, esse aumento na preocupação é compreensível, dado o crescente uso de tecnologias baseadas em biometria. Ele enfatiza a necessidade de aprimorar as estratégias de proteção de dados e segurança da informação ao adotar essas tecnologias.
A pesquisa também revela avanços na adequação das empresas à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). Entre 2021 e 2023, o percentual de pequenas empresas que realizaram mudanças em contratos para se adequar à LGPD subiu de 24% para 31%, enquanto nas grandes empresas o aumento foi de 61% para 67%. Setores como construção, transportes, e serviços foram os que mais implementaram mudanças contratuais nesse período.
O estudo foi baseado em entrevistas realizadas entre 2023 e 2024, abrangendo 2.618 pessoas, 2.075 empresas, além de órgãos governamentais, gestores de saúde e gestores escolares.
Fonte: R7