
O planeta está a caminho de um aumento de até 3,1°C na temperatura até o fim do século, o que a ONU chama de “catastrófico”. O relatório anual do PNUMA destaca que, sem uma mobilização global urgente para reduzir emissões, limitar o aquecimento a 1,5°C pode ser impossível. Segundo o relatório, as políticas atuais levam um aumento de 2,6°C a 3,1°C, dependendo do cumprimento dos compromissos climáticos, que serão planejados na COP29, em Baku.
António Guterres, secretário-geral da ONU, alertou para a necessidade de ação imediata para evitar uma catástrofe climática, especialmente para as mais vulneráveis. Em 2015, o Acordo de Paris circulou o limite de 2°C, com uma meta ideal de 1,5°C para evitar os prejuízos causados, como ondas de calor e elevação do nível do mar.
As Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) incluem medidas para reduzir as emissões até 2030, como o fim do uso de combustíveis fósseis e a restauração de florestas. No entanto, o PNUMA adverte que, com o G20 emitindo 77% dos gases de efeito estufa, a meta de limitar o aquecimento ainda parece distante.
Mesmo que as metas sejam cumpridas até 2030, o aumento de temperatura previsto entre 2,6°C e 2,8°C causará graves impactos. Guterres convocou os países a intensificar as ações climáticas, com foco em energias renováveis e combate ao desmatamento.
Inger Andersen, do PNUMA, ressaltou que a crise climática é urgente e exige ações imediatas. Cada fração de grau evitado salva vidas e protege os ecossistemas. O PNUMA estima que, para limitar o aquecimento a 1,5°C, é necessário reduzir emissões em 42% até 2030 e 57% até 2035, com expansão de energias limpas e proteção de habitats naturais.
Fonte: JornalCiência