
A greve dos transportes urbanos em Manaus, iniciada hoje (15), é o reflexo da ‘perda de autoridade sindical’ de um grupo que vem dominando a instituição há pelo menos uns 25 anos. A cada greve, não se tem nenhum resultado para os trabalhadores, só tumulto na cidade e antipatia para a classe.
Com salários, ticket alimentação, vales quinzenais e benefícios constantemente atrasados, a direção se vale do velho e ‘único’ método de negociar, que na realidade só ‘atrapalha’ o dia a dia da população.
Os Oliveiras (Josildo, Jaildo, Josenildo, Givancir – eles são quatro da mesma família) arranjam uma greve para mostrar serviço, mesmo que seja infrutífera e sem resultados duradouros. Dizem que estão negociando com os empresários do setor, que geralmente desprezam a família de sindicalistas e nada repassam para os trabalhadores.
Da mesma forma, o trabalhador passou a rejeitar os Oliveiras. Nos grupos de whatsapp, Facebook, Instagram (X) eles se manifestam da pior formas possíveis contra os irmãos sindicalistas.
Pior ainda a população, que não apoia e até condena os transtornos e prejuízos que eles causam à cidade nos dias de paralisação do sistema de transportes públicos de Manaus.
Poder público
A desorganização de uma greve puxada pela direção do sindicato dos rodoviários é mal vista até pelo poder público e judiciário do Amazonas.
Em nota a Prefeitura de Manaus, por meio do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), informa que monitora, com máxima atenção, o movimento grevista anunciado pelo Sindicato dos Rodoviários para esta terça-feira, 15/4, bem como o andamento das negociações entre as partes envolvidas.
Mobilidade
Em respeito à população e ao direito à mobilidade urbana, o município ressalta que está ciente da decisão liminar proferida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região, no âmbito do Dissídio Coletivo de Greve nº 0000404-49.2025.5.11.0000, que determina a manutenção de, no mínimo, 70% da frota de ônibus em circulação nos horários de pico (das 6h às 9h e das 17h às 20h) e 50% nos demais períodos.
A decisão também proíbe o bloqueio de garagens e qualquer ação que comprometa a prestação do serviço essencial à população.
O IMMU atua com sua equipe técnica em regime de monitoramento e fiscalização para garantir o cumprimento das determinações judiciais, assegurando a continuidade do serviço de transporte coletivo e mitigando os impactos à rotina da cidade.
A Prefeitura de Manaus reforça sua posição institucional de respeito ao direito de manifestação dos trabalhadores, mas destaca que a responsabilidade com a coletividade deve prevalecer.
O Executivo municipal defende o diálogo como instrumento fundamental para a construção de soluções equilibradas, que preservem os direitos da categoria e, sobretudo, assegurem a qualidade e a regularidade do serviço público de transporte à população.
Texto – Divulgação/IMMU
Flaga do presidente passeando em meio à suposta greve: