
Criatividade, empreendedorismo e inovação, é aposta da Amazonas Indígena Criativa (AmiC), uma Incubadora de Empreendimentos Criativos, formada através da parceria entre Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e o Ministério da Cultura para o baixo Amazonas.
A AmiC tem sede na cidade de Parintins e oferece consultoria, cursos, e treinamentos nas áreas de gestão, marketing, empreendedorismo e finanças para empreendedores criativos que trabalhem, em especial, com artesanato e turismo. Economia criativa é um setor que está baseado na criatividade, nos valores imateriais e no potencial de oferecer bens e serviços inovadores que contribuam com a geração de renda e trabalho. No Amazonas a economia criativa é uma forma valorizar a cultura, a arte e o empreendedorismo da região.
De acordo com a coordenadora da AmiC, professora doutora Sandra Helena da Silva, o grande potencial da economia criativa no baixo Amazonas está no turismo e no artesanato. E é a partir desses eixos que a Incubadora orienta empreendedores indígenas e não indígenas de baixa renda. “Um dos nossos campos de trabalho é estimular a criação e a produção de artesanatos com matérias primas da região e potencializar o turismo, inclusive na zona rural. Por isso investimos no empreendedor e na sua ideia para que ele corra menos risco e ofereça um produto de qualidade”, afirmou Sandra.
As primeiras ações do projeto foram no município de Parintins como a iniciativa está gerando bons resultados o objetivo é aumentar o diálogo e propor atividades com as cidades de Maués, Barreirinha e Nhamundá. “Precisamos ampliar o acesso do empreendedores as ações da AmiC, difundindo conhecimentos e criando estratégias para lidar com a crise. Para tanto, estamos aumentando nossa equipe, agregando novos profissionais e competências para termos condições de atuar em outros municípios do Baixo Amazonas e área rural”, falou a coordenadora.
Interdisciplinaridade
A AmiC é uma das poucas iniciativas que partem de parcerias entre universidade e poder público. O que é um ponto positivo, pois a torna uma instituição interdisciplinar formada por professores, profissionais e alunos das áreas de administração, serviço social, artes visuais e jornalismo. “A Ufam e a Universidade Federal da Bahia são as universidades pioneiras com a temática da economia criativa. É uma troca muito rica entre alunos, profissionais e empreendedores”, destacou a coordenadora.
Além das atividades práticas o projeto visa ter um banco de dados sobre a economia criativa no baixo Amazonas para servir de instrumento para a ampliação das políticas públicas no segmento da economia criativa, numa perspectiva sustentável e de conservação da vida.