

Após o deputado Eduardo Cunha, ter anunciado sua decisão de renunciar à presidência da Câmara, cargo do qual também estava afastado desde maio, por decisão do Supremo Tribunal Federal, vieram as notícias sobre a data da votação para a escolha de seu sucessor, ainda não confirmada, se na terça(12) ou na quinta(14). O que se sabe, porém, é que já existem 14 parlamentares de dez partidos, como candidatos ao cargo.
Com perfil conciliador e capacidade de unir os partidos da base aliada a Michel Temer, o líder do PSD Rogério Rosso é um dos nomes que mais agrada aos partidos do Centrão. Rodrigo Maia e Fernando Giacobo também são considerados.
Confira a lista completa:
PSB: Hugo Leal (RJ), Júlio Delgado (MG) e Heráclito Fortes (PI). PMDB: Osmar Serraglio (PR) e Marcelo Castro (PI). DEM: Rodrigo Maia (RJ) e José Carlos Aleluia (BA). PSD: Rogério Rosso (DF). PSDB: Antônio Imbassahy (BA). PP: Esperidião Amin (SC). SD: Carlos Manato (ES). PRB: Beto Mansur (SP). PR: Fernando Giacobo (PR). PTB: Cristiane Brasil (RJ).
Manobra
Presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA) havia marcado a votação para escolher o sucessor de Cunha para a próxima quinta-feira (14), mas teve sua decisão atropelada pelo chamado “Centrão”. Líderes dos partidos favoráveis ao peemedebista escolheram agendar a votação para a próxima terça-feira (12).
A data foi escolhida na tarde de quinta-feira (7), comandada por dois aliados do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) – o líder do governo na Câmara, André Moura (PSC-SE), e o líder do PTB, Jovair Arantes (GO). Até o fim do dia, eram 14 os candidatos à sucessão do peemedebista.
“Ficou decidido pela maioria dos líderes que representam 280 deputados, que o processo de eleição se dará na terça-feira às 13h59min, porque já havia uma sessão convocada. Essa decisão é permitida pelo regimento da Casa e agora obviamente vamos cumprir o que foi determinado pelos líderes”, declarou Moura ao fim da reunião.
A decisão dos líderes é baseada no artigo 67 do regimento interno da Câmara, que permite a convocação de uma sessão extraordinária por lideranças partidárias que representem no mínimo 257 parlamentares. Na reunião de quinta-feira, apenas 143 deputados votaram contra o adiantamento da eleição.(iG)