

Ex-senadora filiada à Rede Sustentabilidade, Marina Silva disse, ontem (11), que, ainda, que seja legal, o processo de impeachment não atende ao desejo da população de “passar o Brasil a limpo”.
O comentário de Marina foi feito ao defender mais uma vez a cassação na Justiça Eleitoral da chapa vitoriosa nas eleições de 2014, composta pela presidente afastada, Dilma Rousseff (PT), e seu vice, o agora presidente em exercício, Michel Temer (PMDB). Correm no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) processos que tentam abreviar o mandato do governo eleito por conta de denúncias sobre o uso de recursos ilícitos, como dinheiro desviado da Petrobras, na campanha.
“As denúncias e os crimes que foram praticados e que estão sendo comprovados pela Lava Jato colocam cada vez mais o sentido de urgência do TSE”, afirmou a ex-senadora, depois de repetir que as denúncias de corrupção na Petrobras que incidem sobre o PT implicam da mesma forma o PMDB.
“Uma vez comprovado que houve corrupção e que foram fraudadas as eleições pelo uso de dinheiro do ‘petrolão’, deve-se cassar a chapa que violou a lei. Aí, será dado um forte sinal para a sociedade de que o crime eleitoral não compensa”, acrescentou a ex-ministra do Meio-Ambiente.
Marina conversou com a reportagem após proferir uma palestra sobre mudanças climáticas e crise ambiental num templo evangélico no centro de São Paulo na noite desta quinta-feira . Ela avaliou que o governo Temer, apesar de ter “inegavelmente” acertado na escolha da equipe econômica, não “dialoga” com as grandes questões em discussão no mundo, mencionando temas ambientais.(iG)