A polícia do Acre anunciou ter prendido 30 pessoas suspeitas de participar de uma onda de ataques em cidades do Acre. Desde a noite de terça-feira (16) foram registrados pelo menos 13 incêndios e tentativas de incêndios a carros, ônibus e prédios públicos na capital Rio Branco, e nas cidades de Cruzeiro do Sul, Senador Giomar, Sena Madureira e Epitaciolândia
Um dos incêndios ocorreu em um museu a céu aberto no Parque Senador Ciríaco, em Rio Branco, que continha um acervo de documentos históricos. O valor das perdas ainda não foi calculado.
Em resposta aos atentados, o policiamento na capital foi reforçado. De acordo com o secretário de Segurança Pública do Acre, Emylson Farias, mais de 300 policiais fazem o policiamento em Rio Branco. “Se levarmos em consideração o tamanho da população de Rio Branco, o efetivo é bastante. Nós fechamos a cidade de Rio Branco ontem (17)”, disse o secretário.
Ainda assim, foram registradas três ocorrências ao longo da madrugada na cidade: um quiosque e dois automóveis incendiados. Segundo o secretário, os ataques seriam em represália à morte de um adolescente de 18 anos em um tiroteio com policiais, na terça-feira, em Rio Branco. O adolescente, Macio Pires Teles do Nascimento, tinha várias passagens pela polícia por envolvimento em roubos e tráfico de drogas.
Há suspeita de que a ordem para os atos violentos tenha saído do presídio de Rio Branco. De acordo com o secretário Emylson Farias, “não está descartada a transferência de presos para outras unidades da federação”. Na quarta-feira (17), policiais fizeram uma vistoria em celas do Complexo Penitenciário Francisco d’Oliveira Conde. Com os presos, foram encontrados celulares e entorpecentes.(iG)
