

Quando valia tudo, Bolt nunca perdeu. Foram seis finais olímpicas individuais, todas vencidas. É o único ser humano que foi tricampeão em provas de velocidade, 100 m e 200 m. Ainda bateu recordes mundiais nas duas provas em Pequim quando estava no auge de seus 21 anos.
O domínio de Bolt sobre os eventos de velocidade transformou o atletismo. Tirou a supremacia norte-americana, deixou de lado nomes ligados a doping como Justin Gatlin, mudou a lógica de corredores fortíssimos e com cerca de 1,80 m de altura. Do alto dos seus 1,96 m, o jamaicano fez de sua marca as suas largadas ruins e as largas passadas que ultrapassavam os rivais com facilidade a partir da metade da corrida.
Outra característica: as brincadeiras, o gestual para o público, o estilo showman que encanta a torcida. O público ainda terá a oportunidade de ver Bolt no revezamento 4×100 m no Engenhão nesta sexta (19), quando ele tentará completar sua meta de nove ouros olímpicos. É bom aproveitar: demorou 116 anos de Olimpíada para surgir um homem como ele. A não ser que o velocista mude sua decisão de se aposentar.(UOL)