“A Luta do Século” estreia no Cine Casarão, em Manaus

“A Luta do Século” estreia no Cine Casarão-Foto: Divulgação

Vinte anos se passaram desde o primeiro confronto do baiano Reginaldo “Holyfield” com o pernambucano Luciano “Todo Duro” e outros três desde a última luta de boxe. Mas a rivalidade ainda está viva. A história e a preparação desse último embate estão no documentário “A Luta do Século”, que ganha estreia no Cine Casarão que funciona no Casarão de Idéias (rua barroso, 279, Centro), nesta quinta-feira (22), na sessão das 20h.


Os ingressos custam R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia). Ainda será possível assistir ao filme durante a semana, nas seguinte sessões: sexta-feira (23), às 18h30; sábado (24), às 20h e domingo (25), na sessão das 19h.

O filme foi vencedor do Festival do Rio de Janeiro em 2016. O documentário narra a trajetória dos pugilistas Reginaldo Holyfield e Luciano Todo Duro, que encontraram no boxe uma maneira de escapar da miséria e tornaram-se dois dos maiores ídolos do esporte nordestino. A rivalidade entre eles colocou em pé de guerra Bahia e Pernambuco nos anos 90.

Durante mais de 20 anos, os dois se odiaram tanto que não podiam dividir o mesmo espaço sem se agredir. Eles se enfrentaram 6 vezes, com 3 vitórias para cada lado. Durante as filmagens, os inimigos, já com mais de 50 anos, resolveram se enfrentar pela última vez. “Fica esperto, e não fica no meio, senão você pode acabar perdendo uns dentes”, avisa Todo Duro em uma entrevista.

Esta cena, não era muito rara, em toda as suas trajetórias, por diversas vezes, os boxeadores se engalfinharam fora dos ringues. “Todo Duro é muito abusado, enquanto Holyfield não leva desaforo para casa”, resume o diretor do filme, Sérgio Machado.

“A Luta do Século” estreia no Cine Casarão-Foto: Divulgação

Os lutadores têm origens parecidas. Todo Duro era jardineiro em Recife antes de ser boxeador, enquanto Holyfield era estivador no porto de Salvador. Ambos eram analfabetos e saíram da miséria graças ao boxe. “Procurei fazer um retrato do Brasil. De dois homens que, apesar de todo o talento, de tudo o que alcançaram, acabaram voltando para o lugar onde estavam”, diz o cineasta.

Segundo Sérgio, o documentário não foi pensado assim. Ele se tornou um documentário para acompanhar o cotidiano dos dois boxeadores e, por coincidência, acabou mostrando a sétima luta entre ambos.

Os dois chegaram a mirar uma carreira internacional quando ainda estavam no auge, mas infelizmente nenhum dos dois conseguiram essa proeza. E muito embates entres eles foram transmitidos por diversas emissoras. Eram grandes duelos, esperado por todos. E logo o sucesso chegou ao final e eles foram obrigados a deixaram os ringues profissionais e retornaram as suas origens: as periferias das capitais de seus respectivos Estados.

O filme conta uma história do Nordeste, de Bahia contra Pernambuco, rivalidade que existe no futebol e no boxe. Durante a história e muito comum os dois se enfrentarem. Mesmo fora de cena, os dois chegaram a se enfrentar durante a transmissão de um programa de TV ao vivo.

Em cartaz

O documentário “Torquato Neto – Todas as Horas do Fim”, dirigido por Eduardo Ades e Marcus Fernando, continua em cartaz durante esta semana, amanhã (quinta-feira) será exibido na sessão das 16h.

Neste documentário, Eduardo Ades e Marcus Fernando contam como Torquato Neto, falecido em 1972, vivia apaixonadamente as rupturas. Eles mostram como o poeta atuava em múltiplas frentes – no cinema, na música, no jornalismo –, já que o poeta piauiense engajou-se ativamente na revolução que mudou os rumos da cultura brasileira nos anos 60 e 70. Neto foi um dos pensadores e letristas mais ativos da Tropicália, parceiro de Gilberto Gil, Caetano Veloso e Jards Macalé. Junto à arte marginal, radicalizou sua atuação e crítica cultural, com Waly Salomão, Ivan Cardoso e Hélio Oiticica. Por fim, rompe com sua própria vida. Suicida-se no dia de seu aniversário de 28 anos.

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