Dos sete pontos turísticos de Rio Branco, atingidos pela cheia histórica do Rio Acre, que chegou a marcar 18,40 metros, no dia 4 de março, quatro permanecem fechados. De acordo com a presidente da Fundação de Cultura Elias Mansour, Karla Martins, o Cine Teatro Recreio, a Galeria de Arte Juvenal Antunes, a Casa da Leitura da Gameleira, Tentamen, Parque Capitão Ciríaco, Centro Cultural Lydia Hammes e o calçadão da Gameleira foram muito afetados pela cheia.
“Quatro pontos turísticos permanecem fechados até as reformas. A Casa da Leitura da Gameleira deve mudar de local. Estamos verificando cada caso, porque alguns que não valem a pena manter o espaço no mesmo lugar, fica melhor instalar em outro local. O Cine Teatro vai permanecer no mesmo local, e deve ficar fechado por ao menos 40 dias para reforma”, afirma a presidente da FEM.
A Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) informou que os prejuízos somente com a reforma do Calçadão da Gameleira e Cine Teatro Recreio chega a mais de R$ 300 mil. Além disso, a Secretaria afirma ainda que o prazo para a recuperação desses espaços é de ao menos um ano. Esse prazo inclui captação de recurso e processos licitatórios. A reforma do Cine Recreio inicia na próxima semana.
De acordo com o presidente da Fundação Municipal de Cultura Garibaldi Brasil, Rodrigo Forneck, o Centro Cultural Lydia Hammes tinha sido reformado recentemente, e o prejuízo estimado é de ao menos R$ 60 mil.
“O centro está funcionando normalmente, pois, como ele fica localizado às margens do Rio Acre, as suas instalações são adequadas para não sofrer muito com a água. São somente reparos nas portas e pintura”, explica Forneck.
Forneck afirma ainda que os prejuízos com o Parque Capitão Ciríaco foram bem maiores, já que a passarela que dá acesso ao parque foi atingida pela enchente. “Conseguimos fazer um reparo temporário e o parque já está aberto. Não fizemos ainda os cálculos para saber o valor total do prejuízo”, diz.
Além dos pontos turísticos da capital, a cheia do Rio Acre, afetou estruturas de outras cidades. É o caso de Basiléia, distante 232 km de Rio Branco, que também enfrentou cheia histórica, atingindo a marca de 15,46 metros. Na cidade, o Parque Centenário foi atingido e a previsão de gasto para a recuperação do local é de ao menos R$ 350 mil.
Em Xapuri, cidade distante 188 km da capital, a Casa do Chico Mendes, e a praça de Xapuri foram inundados pelas águas do Rio Acre, que chegou à cota de 18,29 metros. O prejuízo chega a mais de R$ 50 mil, para recuperar os pontos turísticos de Xapuri.
Cheia histórica
Rio Branco ainda tenta se recuperar da cheia histórica do Rio Acre, que chegou à marca de 18,40 metros, no dia 4 março. Na capital acreana, a cheia chegou a desabrigar mais de 10,4 mil pessoas em 53 dos 212 bairros ca capital acreana.
No total, em torno de 87 mil pessoas foram afetadas diretamente pela cheia. Após a vazante do rio, ao menos 33 casas foram condenadas pela Defesa Civil, nos bairros Seis de Agosto e Cidade Nova. Os bairros Cidade Nova, Habitasa, Seis de Agosto, Taquari e Baixada da Cadeia Velha foram os mais afetados.(G1)