
A polpa do açaí será transformada em pó em um laboratório-escola flutuante na foz do Rio Amazonas. O objetivo é agregar ainda mais valor ao açaí e inovar, melhorar e desenvolver a economia do Arquipélago do Bailique, no Amapá.
O Laboratório-Escola Flutuante integra o projeto do Centro Vocacional Tecnológico (CVT) da Agrobiodiversidade Bailique – Rio Grande, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), que financia o programa desde de 2016. O projeto CVT do Bailique é o único que possui o açaizal com certificação FSC (Rainforest Alliance) de manejo sustentável do mundo, e também acumula a certificação de produto vegano da Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) e o Selo Amapá de produto do Meio do Mundo.
Com certificação, o valor de venda do quilo do açaí saltou de R$ 0,25 para R$ 1,75. E ele pontua que o processo de desidratação de alta tecnologia mantém as características nutritivas do produto.
O laboratório é coordenado pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG), e é realizado em parceria com a Oficina Escola de Lutheria da Amazônia (OELA), a Associação das Comunidades Tradicionais do Bailique (ACTB) e o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá.
O laboratório-escola pode agora receber as atividades práticas desse curso técnico. Antes, as aulas eram ministradas de modo adaptado no Centro de Eventos da comunidade de Arraiol.
O curso de técnico em alimentos da agrobiodiversidade inclui disciplinas como direito ambiental, microbiologia, bioquímica de alimentos, biotecnologia, cooperativismo, segurança alimentar e nutricional. Os alunos do curso também puderam participar de oficinas de construção de sistema solar fotovoltaico, aula de gestão comunitária e compartilhada, de tecnologias sociais e construção de tratamento domiciliar de água.