Empresas dos Transportes Especial estão colocando motoristas e trabalhadores do DI em risco

Diretorias e trabalhadores do Sindespecial se preocupam com os risco do excesso de trabalho - foto: recorte/divulgação

A sobrecarga de trabalho imposta aos motoristas das empresas dos Transportes Especial, as que fazem rotas para o Distrito Industrial do Amazonas, é extremamente excessiva e perigosa. Os empresários estão obrigando os trabalhadores a fazerem de cinco a seis rotas sem interrupção, sem descanso e sem pagamento de horas extras.


De acordo com a Diretoria do Sindicato dos Transportes Especial (Sindespecial), os donos dos ônibus e micro-ônibus que transportam trabalhadores para as indústrias do Polo Industrial de Manaus (PIM), não estão cumprindo o que ficou estabelecido na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e no acordo com o Sindicato da categoria.

No acordo, o trabalhador tem direito a 08 horas de descanso e mais 04 horas, consecutivamente e, sem interrupção. O que está acontecendo, no entanto, é que os patrões estão marcando ‘rota em cima de rota’ e, acima de tudo, não querem pagar as horas extras e nem o volume massacrante de trabalho.

Diretores acreditam que acidente com o veículo é atribuído ao excesso da jornada de trabalho – foto: página do Sindicato

Diretoria

A preocupação da diretoria do Sindespecial, além de evitar o que em várias ocasiões chega a ser tripla-jornada de trabalho, é que o excesso possa atingir a saúde e o equilíbrio dos motoristas destas empresas.

Conforme tem informado os Diretores do Sindespecial, existe uma grande preocupação com os possíveis acidentes. “Quando o motorista é obrigado a trabalhar muitas horas, além do que é permitido pela CCT e pelas Leis do Trabalho, ele está sujeito a perder o reflexo e se envolver em acidentes”, explica.

Gravidade do problema

O problema é tão grave, que a diretoria tem se preocupado, sobretudo, com os acidentes que estão sujeitos acontecer nas rotas. Com o trabalhador podendo até dormir no volante de tanto fazer rotas. “O crescente aumento do número de acidentes, pode ser uma consequência da exploração exercida por algumas empresas do Sindepescial,” lamenta a diretoria Sindical.

O pior é que as indústrias do Polo Industrial de Manaus (PIM), não estão fiscalizando os excessos cometidos pelas empresas de transportes, que carregam centenas de trabalhadores das fábricas. “Elas também são responsáveis pelos acidentes, que por ventura possam acontecer”, rebate a diretoria do Sindespecial.

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