
As informações que partem do Sistema de Segurança continuam desencontradas e contraditórias. Foi necessário 12 dias para a SEAP admitir o erro e assumir que o número de presos que fugiu do Instituto Penal Antonio Trindade (IPAT) inexplicavelmente subiu para 225 detentos e não 184 que havia sido divulgado há quase duas semanas.
A SEAP também não se pronuncia e nem permite que autoridades do Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Defensoria Pública (DPE) apure a existência de uma espécie de cemitério clandestino que existiria nas matas nos arredores do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) e do Instituto Penal Antônio Trindades, ambos localizados na BR 174, palcos de massacre e fuga em massa de presos no primeiro dia do ano.
Afinal existe ou não cemitério de corpos de presos que teriam sido mortos após a fuga em massa? Nas redes sociais, moradores das comunidades e ramais localizados próximos às duas penitenciárias garantem já ter visto corpos em decomposição e urubus sobrevoando sobre aquelas áreas.

O advogado Glen Wilde do Lago Freitas, da Comissão de Direitos Humanos da OAB afirma que sabe dessa notícia e que advogados e defensores públicos já tentaram ir na área de mata nos arredores do Compaj para conferir a existência ou não do tal cemitério, mas os policiais que estão lá não permitem a entrada das autoridades alegando falta de segurança. Estranho né ?
“A verdade é que as autoridades está mais perdida do que cego em meio a tiroteio”, afirma uma autoridade envolvida na apuração da crise do sistema prisional do Amazonas.