
Sem representatividade, há dois anos, e envoltos em polêmicas como o atraso no pagamento do vale alimentação, e em demissões consideradas arbitrárias, os agentes de endemias do Amazonas elegem hoje, sexta-feira (11), os seus representantes legais para o Sindicato dos Trabalhadores em Controle e Combate a Endemias no Estado do Amazonas (SindAgente).
A eleição ocorrerá durante Assembleia Geral, no Sindicato dos Metalúrgicos, na Av. Duque de Caxias, na Praça 14, prevista para às 14h00, em primeira chamada e às 14h30, em segunda e última chamada.
Duas chapas concorrem, oficialmente, ao pleito, a chapa 01 “SindAgente – essa luta eu abraço” e a chapa 02 “Juntos somos mais fortes”. Encabeçada pelo agente de endemia, Jeanderson da Costa Paiva, que há 15 anos atua na área, a chapa 01 pretende lutar pelo Piso Nacional de Salário para a categoria; pagamento da indenização de R$ 2 mil, por ano trabalhado antes da efetivação – acertado com o Governo Braga na época; e pelo retorno de 320 agentes de endemias demitidos pelo Governo do Estado – mesmo estando amparados por Decreto Federal; entre outros.
Aumento de casos de dengue – Para os agentes a demissão dos chamados mata-mosquitos, de alguma forma tem refletido nos casos de dengue e zika vírus no Amazonas. “A importância do trabalho dos agentes de controle e combate a endemias se vê, principalmente, neste momento em que o país vive uma epidemia de dengue e Zika Vírus porque somos nós que atuamos na linha de ponta”, ressaltou Jeanderson Paiva.
De acordo com a Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), o Amazonas já conta com 19 casos suspeitos de Zika vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. Entre os casos suspeitos estão duas gestantes.
Para os agentes de endemias a luta da categoria é muito grande, inclusive até mesmo para obter o reconhecimento nacional, uma vez que eles são tratados hoje como agentes de saúde e não como agentes de endemias como sempre atuaram.