
Um contêiner que transportava suprimentos essenciais para bebês recém-nascidos e suas mães foi saqueado em Porto Príncipe no sábado (16), revelou a agência humanitária UNICEF em um comunicado. O roubo ocorreu em meio a uma crescente crise humanitária e à escalada da violência de gangues na capital haitiana.
O contêiner, que continha itens como reanimadores e equipamentos para desenvolvimento e educação na primeira infância, foi alvo de saque por grupos armados que invadiram o principal porto da cidade na semana passada. Mais de 260 contêineres com ajuda humanitária agora estão sob o controle desses grupos.
Bruno Maes, representante da UNICEF no Haiti, condenou veementemente o saque dos suprimentos, destacando que isso priva as crianças de recursos vitais em um momento crucial. Ele ressaltou a necessidade urgente de garantir acesso seguro para a entrega de ajuda humanitária.
A situação no Haiti tem se deteriorado rapidamente nos últimos meses, com a violência exacerbando um sistema de saúde já em ruínas. A escassez de recursos médicos e o controle das gangues sobre as rotas logísticas têm dificultado ainda mais o acesso à assistência médica básica.
As autoridades haitianas lançaram recentemente uma operação para conter a violência de gangues, visando áreas controladas por criminosos, incluindo o líder de gangue Jimmy “Barbeque” Cherizier. No entanto, a falta de segurança continua a representar um grande desafio para o país.
Diante da crise, a comunidade internacional está mobilizando esforços para prestar assistência ao Haiti. A ONU iniciou uma ponte aérea entre o Haiti e a vizinha República Dominicana para transferir suprimentos médicos e trabalhadores humanitários.
No entanto, o acesso à ajuda humanitária continua restrito, com helicópteros de evacuação privados sendo a única opção para entrar e sair da capital haitiana. Essa situação tem levado a um aumento nos custos de transporte e dificultado ainda mais os esforços de socorro.
Com a crise humanitária se agravando no Haiti, a necessidade de ação urgente e coordenação internacional é mais crucial do que nunca. Resta pouco tempo para reverter essa situação e evitar uma catástrofe humanitária ainda maior.
Fonte: CNN Brasil