Acusado de agressões e abandono de casa, Alberto Neto se diz “Deus, Pátria, Família” para agradar eleitores

Capitão Alberto Neto - Foto: Reprodução/Internet

O deputado federal e candidato a prefeito de Manaus, Capitão Alberto Neto (PL-AM), foi acusado de “abandono de lar” e agressões físicas no processo de divórcio ajuizado por sua ex-mulher, Débora Lima Lopes, em 2013.


A ação, que durou 10 anos, envolveu disputas litigiosas sobre o valor de pensão alimentícia dos dois filhos do casal.

No entanto, na campanha e durante o seu mandato de deputado Federal, o Capitão se diz defensor do slogan: “Deus, Pátria Família”, em uma alusão ao mote de campanhas dos bolsonaristas desde o ex-presidente inelegível, Jair Messias Bolsonaro e seus seguidores.

Vídeo confirmando

Estranhamente, na quarta-feira (16), a ex-mulher de Alberto Neto, Débora Lima, divulgou um vídeo afirmando que nunca foi agredida pelo ex-marido e que ele “nunca abandonou a família”, negando todo o processo de litígio.

Ela também criticou a exposição pública de sua família: “Estou indignada com a forma como estamos sendo expostos, meus filhos sendo expostos.”

Litigioso

Em 2013, Débora entrou na Justiça com um pedido de divórcio litigioso, alegando que Neto havia “abandonado o lar conjugal” após diversas brigas. Em março daquele ano, o divórcio foi convertido em consensual, com Alberto Neto comprometendo-se a pagar 30% de seu vencimento bruto como pensão.

Em 2019, após Neto se tornar deputado federal, os filhos pediram judicialmente que o desconto de 30% fosse aplicado também ao seu salário de parlamentar. Representados por Débora, eles cobravam R$ 33,2 mil em valores não pagos e pediam a prisão do pai caso o montante não fosse quitado.

A 7ª Vara de Família determinou que a Câmara dos Deputados descontasse 30% do salário de Neto para o pagamento da pensão. Em 2021, um novo acordo estabeleceu que o deputado ficaria responsável pela educação dos filhos, pagaria R$ 1,8 mil mensais à ex-mulher e 30% de sua remuneração como capitão da PM. Em janeiro de 2023, a juíza Cleonice Fernandes de Menezes Trigueiro extinguiu o processo após Débora abandonar a ação.

Veja:

Fonte: Metrópoles

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