A deputada estadual Alessandra Campêlo (MDB) denunciou na tribuna da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), nesta terça-feira (27), que a Prefeitura de Eirunepé firmou contratos suspeitos no valor de aproximadamente R$ 22 milhões nos últimos meses. O município é administrado pelo prefeito Raylan Barroso de Alencar (PROS).
Os contratos são para fornecimento de produtos, como combustíveis, madeira, pães, polpa de frutas, cestas básicas, equipamentos de informática, fardamento escolar, além de serviços, como aluguel de som, iluminação e palco, passagens aéreas, locação de veículos pesados e equipamentos de médio e pequeno porte e limpeza de vias públicas.
Segundo a deputada, chama atenção os valores milionários destinados para a locação de veículos pesados e equipamentos de médio e pequeno porte na ordem de mais de R$ 7 milhões. Outro item colocado sob suspeita é a compra de combustíveis para “atender as demandas do município”: quase R$ 5 milhões de gasolina e óleo diesel, valor contestado por Alessandra em seu pronunciamento.
“Quero saber quantos carros públicos tem em Eirunepé para eles utilizarem R$ 5 milhões de combustível, porque é muito combustível. Daria para ele (o prefeito) mandar asfaltar todas as ruas, passar a máquina em todos os ramais, abastecer todos os carros públicos e ainda dar umas dez voltas no Planeta Terra”, criticou a parlamentar.
Alessandra também apontou indícios de irregularidades nos contratos de fornecimento de equipamentos de informática, no valor de quase R$ 3 milhões, e também na compra de pão para “atendimento dos órgãos da administração direta”, que custaram aos cofres públicos de Eirunepé pouco mais de R$ 1 milhão.
“São mais de R$ 22 milhões. É importante que o Ministério Público acompanhe de perto esses contratos que são, no mínimo, suspeitos”, advertiu a líder do MDB na Assembleia Legislativa.
