
‘Casa da sogra’ de Anderson Sousa foi alugada para ser a representação da prefeitura de Rio Preto da Eva em Manaus
Quatro dias antes de deixar o cargo de prefeito de Rio Preto da Eva, dia 27 de dezembro de 2024, o ex-prefeito Anderson José de Sousa (União Brasil), assinou um contrato de aluguel de uma casa localizada na Rua Ilda Auzier, nº 225, no bairro de São Jorge, zona Centro Sul de Manaus, pela bagatela de R$ 48.000,00 (Quarenta e Oito Mil Reais).
Casa da sogra
O detalhe é que a casa pertence à sogra do então prefeito, Anderson Sousa, a senhora Lizete Araújo da Silva, que ‘gentilmente’ cedeu o imóvel para que ele ficasse como escritório de representação administrativa do Município de Rio Preto da Eva, na capital amazonense.
É de se estranhar, no entanto, a necessidade de um escritório para representar um município que está a 1h30min (80,2 km/ por rodovia) distante da capital, além de fazer parte do perímetro da Região Metropolitana de Manaus (RMN).
Dúvidas à parte
Além disso, existe a Associação de Municípios do Amazonas (AAM), que tem o ex-prefeito como presidente, repleta de funcionários da prefeitura de Rio Preto da Eva, com funções não bem especificadas (não existem informações no portal da transparência da instituição). Todos, (nem todos), trabalhando internamente na Associação.
Representação
Um escritório de representação de municípios nas capitais tem como objetivo principal facilitar a interlocução e o acompanhamento dos interesses municipais junto aos órgãos e entidades federais e estaduais.
No caso da representação em Manaus, serviria como ponto de contato e referência para o município de Rio Preto da Eva, ajudando a prefeita Socorro Nogueira a obter apoio, recursos e informações relevantes para o desenvolvimento da cidade.
Não é o que acontece. Hoje, o escritório, segundo fontes confiáveis, serve como espaço de trabalho do cunhado de Anderson Sousa e nada mais.
Veja abaixo, o contrato assinado pelo ex-prefeito:
Professora Socorro Nogueira (UNIÃO) tomou posse no dia 1º de janeiro de 2025 como prefeita de Rio Preto da Eva. Portanto, nada a ver com o caso.