
O nível dos rios que corram o Amazonas não para de subir por conta das fortes chuvas que ocorrem na Região Norte nesta época do ano. O fato faz com que a população e as autoridades entrem em estado de atenção.
Treze cidades amazonenses já decretaram situação de emergência devido a inundações causadas pela cheia dos rios nos últimos meses. Sete delas ficam na calha do rio Juruá (Guajará, Envira, Eirunepé, Itamarati, Ipixuna, Carauari e Juruá); cinco na calha do rio Purus (Pauini; Boca do Acre; Lábrea; Canutama e Tapauá) e uma na calha do Rio Madeira (Borba).
Em sete municípios da calha do rio Juruá (Guajará, Eirunepé, Envira, Ipixuna, Carauari, Itamarati e Juruá), a situação afetou, de alguma forma, 60.324 pessoas. Já na calha do Purus, a Defesa Civil estadual calcula que ao menos 44.481 pessoas foram afetadas até o último dia 19, principalmente em Boca do Acre, que decretou situação de emergência em meados de fevereiro.
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) aponta como “alta” a possibilidade de ocorrência de enchentes em Manaus, e em cidades vizinhas, já que o volume d´água no rio Amazonas continua aumentando. De acordo com o hidrólogo do Cemaden, Jorge Luiz Barbarotto Júnior, a lenta e gradual elevação do nível do rio Amazonas e de alguns de seus principais afluentes, como o Negro, tende a durar meses, dependendo do volume das chuvas.
O Cemaden também alertou sobre a “moderada” possibilidade de ocorrências nas mesorregiões Sudoeste, Sul e Centro do Amazonas, devido à elevação gradual dos rios Juruá, Purus e Solimões/Amazonas.mAlém disso, para as mesorregiões do Baixo Amazonas, entre o norte do Pará e o Amapá e as bacias dos rios Tapajós, Xingu e Parauapebas, no Pará, o centro considera moderada a probabilidade de inundações pontuais e alagamento temporário de áreas rebaixadas devido a pancadas de chuvas mais fortes ao longo desta sexta-feira.