Amazonino tem ‘carta e mala nas mãos’ para garantir o PDT na sua reeleição

Palanque com Hissa, Stones e Amazonino dificilmente poderá ocorrer novamente - foto: recorte

Após a decisão do PDT, nesta quinta-feira, (12), aprovando a resolução que proíbe alianças com o PSDB, ou seja, o veto a toda e qualquer tipo de aliança com o prefeito Artur Neto, a tropa de choque, diga-se de passagem, o vice-presidente Stones Machado começou a movimenta-se para desqualificar a decisão da executiva estadual e jogar uma pá cal na repercussão, que tomou o caso.


Na outra ponta, pessoas ligadas à base do governo e aliados de Arthur Neto desdenham da decisão da executiva do PDT estadual. Eles acreditam que Amazonino está com as “cartas e a mala na mão” e que basta um aceno garantindo cargos e estrutura de campanha, que o partido volta para ele até maior do que era anteriormente. Inclusive, afirma uma de nossas fontes, conta com apoio de dirigentes estaduais e nacional da sigla partidária para realizar o seu feito.

Palanque com Hissa, Stones e Amazonino dificilmente poderá ocorrer novamente – foto: recorte

Em ‘nota áudio’, em todos os grupos da cidade, o vice-presidente Estadual do PDT, Stones Machado, se apressou em afirmar que “a palavra final é da cúpula nacional do PDT – e a cúpula nacional do PDT jamais vai preterir Amazonino, que é governador”. Stone também estaria cooptando integrantes da executiva estadual, com afagos futuros, na intenção de reverter a decisão tomada no último dia 12 de julho.

Esse foi o recado dado a direção estadual, se não resolver aqui terá recurso à direção nacional e lá é mais fácil ganhar. Esse imbróglio será resolvido quando o Governador decidir pelo apoio financeiro e de estrutura às candidaturas do PDT no Estado e ao presidenciável Ciro Gomes, teria dito Stones e outros do círculo íntimo do governador a um ex-integrante da legenda. No limite, terá a operação abafa junto aos dirigentes regionais do partido.

O risco é evidente

O risco do governador tampão Amazonino Mendes não poder garantir o PDT para concorrer a reeleição em 2018, no entanto, é real. O presidente estadual da legenda no Amazonas, Hissa Abrahão, também pode endurecer o diálogo, que nunca existiu entre o executivo e a direção do partido, e agora, mais arranhado do que nunca.

Em conversa por telefone, Hissa afirmou que as convenções partidárias estão se aproximando e que já conta com dois candidatos, que colocarem o seus nomes para avaliação da direção estadual e ele vai respeitar a vontade de 90% dos membros da executiva, que aclamaram esses nomes.

De acordo com Hissa, Amazonino não manifestou a sua vontade de ser candidato ao partido, mas se decidir, não será impedido de concorrer a vaga de candidato ao governo do Estado pelo PDT, na convenção estadual no próximo dia 05 de agosto, mas em condições de igualdade. “Temos dois pré-candidatos. Vamos aguardar o terceiro se existir. Essa é uma decisão coletiva do PDT Estadual” pontua Hissa, que também afirma “não existir candidato natural no partido. Todos tem que passar pela apreciação da executiva”. Amazonino seria mais um.

Na função de presidente do PDT Estadual, Hissa Abrahão garante que a função dele é fazer os encaminhamentos das decisões à direção nacional da legenda e, é ela quem acata ou não a decisão da estadual.

De todo, o que está decidido lá em cima, é que o PDT não faz alianças com o PSDB. Uma vez que Amazonino e Arthur Neto já desfilam de ‘braços dados, à vista de todos’, provavelmente ele ficará sem o PDT para concorrer as eleições e, evidente, não poderá concorrer as eleições 2018.

Amazonino x reeleição de FHC

Para quem duvida do poder de persuasão, basta lembrar que Amazonino foi um dos operadores, que garantiu a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da reeleição de Fernando Henrique Cardoso (FHC) com a compra de 50 deputados no valor de R$ 200 mil/cada para votar a favor da PEC.

O Jornal do Brasil que saiu com o furo na manchete, na época: “Amazonino persuadiu deputados a aprovar a reeleição”. Para a reportagem, ele teria se hospedado no hotel Academia de Tênis, em Brasília, às vésperas do dia 28, quando a PEC foi votada em primeiro turno na Câmara. A denúncia contra ele, igualmente, não foi comprovada.
A emenda constitucional da reeleição foi aprovada no plenário da Câmara em primeiro turno por 336 votos a favor, 17 contra e 06 abstenções. Será que Amazonino fará o mesmo, em menor escala, para garantir a sua reeleição? Fica a pergunta.

Governo mal avaliado

O governador Amazonino Mendes tem um governo tampão mal avaliado. De acordo com dirigentes do PDT ele não cumpriu acordos, contratos, não realizou obras prometidas e não fez o dever de casa com os prefeitos do interior. “se ele não cumpriu o mínimo nesse mandato tampão, como irá cumprir depois de reeleito por mais 04 anos de mandato?”, pergunta.

Ele também denunciou que já começaram a chamar as lideranças do PDT no Estado para negociar em separado. A promessa é a de sempre: cargos para toda a família, estrutura de campanha e dinheiro, mas só quando for eleito.

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