A análise funcional: aplicação dos conceitos – Por Max Diniz Cruzeiro

Neuro cirurgião Max Diniz Cruzeiro (DF)

Uma das tarefas de um psicólogo é a identificação do comportamento humano, para identificar as consequências que a perseguição ao comportamento gera de ocupação em um indivíduo. Desta forma é possível modificar o comportamento, aprender a moldar este comportamento dentro de um processo de escolhas que permitam moldar o contingenciamento do reforçamento do estímulo, para que a relação entre o ato e consequência pode refletir num comportamento que não seja gerador de dor psíquica e aproxime um indivíduo de fluir sobre princípios de prazer.


Uma conduta antiga pode ser mudada, alterada ou ter subtraída o seu funcionamento. Medeiros e Moreira afirmam que essa é a essência da análise de contingências: identificar o comportamento e as consequências, alterar as consequências, ver se o comportamento muda.

Uma análise funcional através da essência do comportamento é possível identificar relações de funcionamento do comportamento individual e suas consequências. Seus paradigmas fundamentais são o comportamento respondente e operante, onde se busca identificar os determinantes que ativam o comportamento.

Para Skinner existem três níveis de causalidade: Filogênese, Ontogênese individual, e, Ontogênese Sociocultural.

Na Filogênese, a base da construção do comportamento são os princípios de evolução da espécie, no qual a filogênese ancora na genética para a explicação do comportamento desencadeado.

Na Ontogênese Individual a interação do meio com o indivíduo durante todas as suas fases e etapas de vida é determinante do tipo de comportamento desencadeado.

Na Ontogênese Sociocultural as variáveis grupais são determinantes do tipo de comportamento desencadeado, no qual a cultura tem um papel fundamental para estabelecer a função reforçadora ou aversiva de um indivíduo em sociedade.

Em todo caso deve-se observar as trocas entre os organismos e o ambiente. Na análise comportamental se nega trabalhar com as dimensões de identificação de traços de personalidade, emoções, vontade, desejo, impulso, tomada de decisão, … que são componentes de comportamentos e não podem ser colocados como causas de outros comportamentos. Sob este princípio para explicar, predizer e controlar um comportamento, conforme Skinner, é necessário analisá-lo funcionalmente, no qual os determinantes se situam no ambiente externo e no plano interno.

A topografia do comportamento (seja sua forma, ou estrutura) não é estudada na análise de comportamento, o mais importante é a compreensão da funcionalidade do comportamento.

A compreensão do comportamento respondente é fundamental para compreender o funcionamento das emoções e dos sentimentos. Assim, se em uma pessoa, se um abraço elicia uma resposta de apreço, as relações funcionais do estímulo associam-se neste indivíduo como um comportamento que se identifica com conteúdos emocionais de empatia.

Neuro cirurgião Max Diniz Cruzeiro (DF)

No caso do comportamento operante, uma situação que se ativa, vista por exemplo, como o recebimento do resultado de um exame de gravidez por uma mulher, que serve de ocasião para gerar uma resposta de interesse cujo contato é uma ligação telefônica para anunciar o fato ao seu marido, que irá produzir como consequência o despertar da emoção como lágrimas de felicidade pelo feito.

Medeiro e Moreira definem controlar comportamento como apenas tornar sua ocorrência mais ou menos provável, onde a análise do comportamento busca simplesmente entender melhor como funcionam essas relações de controle funcionais.

Alguns casos, as contingências atuais não explicam o padrão de comportamento em uma análise, como no caso de respostas incompatíveis (aquelas negativamente reforçadas por terem sido evitadas pela via de punição), no qual o registro anterior interfere sobre o registro atual do comportamento em termos da funcionalidade da contingência do comportamento. Por exemplo, sofrer uma desilusão com uma pessoa que trabalhe em uma livraria, e adotar um comportamento impeditivo de acesso a livros e também do vínculo de qualquer pessoa que trabalhe em uma livraria, como uma punição que se reforça sobre o trauma sofrido.

Uma consequência do comportamento pode aumentar por um acréscimo de estímulo do ambiente (reforço positivo). Ou o estímulo retirado do ambiente em que a consequência é um reforço (reforço negativo). No caso do comportamento em que um estímulo é retirado, mesmo quando o estímulo estava presente, o reforço negativo desencadeia um comportamento de fuga. No caso do comportamento em que um estímulo é retirado, sendo o estímulo ausente do ambiente, o reforço negativo desencadeia um comportamento de esquiva. Se a consequência do comportamento diminuiu pode ser que o comportamento tenha produzido a paralisia de uma consequência reforçadora através de um processo de extinção operante. Ou, se a consequência do comportamento diminuiu pode ser que o comportamento tenha produzido uma medida restritiva em que um estímulo tenha sido acrescentado do ambiente como uma punição positiva, e se o estímulo for retirado do ambiente, representar uma punição negativa.

Vejam a seguinte situação conflitante:

Hilyers não consegue se conter quando vê uma pessoa de mesmo sexo em que os vincos da calça fazem sobressair a curvatura do membro em outro homem, o vinco da calça serve de ocasião para ativar a ereção de Hilyers que reproduz como resposta o desejo dentro de si de praticar o sexo com uma pessoa de mesmo gênero. (Reforço positivo)

Quando Hilyers tem contato com vínculo da calça apertada de outro homem, ao mesmo tempo serve de ocasião para despertar um sentimento moral de repressão em não se deixar levar pela necessidade da carne, e por um breve instante desenvolve a percepção da lembrança de sua esposa, que irá reproduzir o efeito dentro de si da transferência e identificação da cópula com sua mulher. (Punição positiva)

Nos dois parágrafos acima em uma mesma situação se registra comportamentos que desencadeiam duas contingências em uma mesma pessoa, uma que aumenta a sua probabilidade de ocorrência e outra que serve para reter e diminuir a intensidade de sua aplicação como modelo de comportamento.

Então Hilyers está diante de duas alternativas com magnitudes diferentes, onde neste exemplo, a magnitude de vir a praticar sexo com outro homem é curta, e os fatores morais que o integram a necessidade de manutenção de seu comportamento afetivo com sua mulher traz uma magnitude longa, no qual as consequências aversivas de se terminar o relacionamento estável pesam mais sobre ele do que ter um encontro casual com outro homem.

A predição do comportamento é o conhecer um pouco melhor em que circunstâncias as pessoas desencadeiam ações, pensam, sentem e refletem sobre si mesmas e o ambiente, no qual se permite perceber com um grau de certeza, ou probabilidade, que um evento ocorra como expressão do comportamento desencadeado.

No que se refere ao controlar do comportamento sinaliza um tipo de associação onde um vínculo de consciência condiciona um agir de um indivíduo no qual altera a probabilidade da pessoa perseguir o comportamento por meio da influência do estímulo, como por exemplo, dizer a uma pessoa solteira que o casamento é a melhor coisa que pode acontecer para um homem, que irá servir como influência, de base de controle, que irá direcionar o pensamento do indivíduo solteiro para se aproximar do objetivo de se unir maritalmente com outra pessoa.

Fraternalmente,

Max Diniz Cruzeiro
LenderBook Company
www.lenderbook.com

 

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