
Os Jornalistas dos veículos de comunicação costumam dizer, que, quando não se tem uma manchete de página batendo em algum setor da sociedade, a melhor opção e mais interessante é encontrar uma que ataque o Legislativo.
O ataque ao Executivo é a segunda opção, até porque, são eles os maiores financiadores da notícia divulgada. Quanto ao Judiciário, bem!.. É melhor não os ter como opção. Essa é derradeira alternativa de manchete, de preferência a última ou, talvez, nunca se deva pensar no judiciário como o objeto das manchetes fortes.

Mas o que vimos discutindo ultimamente no Amazonas, é a posição ocupada pelo Legislativo, dentro desse cenário de poderes ditos independentes. O legislativo do Amazonas por muito tempo esteve um passo atrás. Aliás, caminhou de costas para o seu próprio poder. Esteve fragilizado e dependente dos poderes constituídos.
Nesse fatídico período de submissão, o legislativo amazonense abriu mão de receitas e perdeu espaço para o Tribunal de Contas do Estado (TCE), para o Tribunal de Justiça (TJ) e, principalmente, para o Executivo Estadual.
Nos últimos seis meses, no entanto, com a ida do presidente da Aleam, David Almeida (ainda no PSD), para o Governo do Estado, parece que as relações de poder no legislativo tomaram outro formato.
Sem arroubos desnecessários, sem clima beligerante, sem choros nem velas, mas com equilíbrio, o que se vê agora é um princípio de independência e de respeito entre os Poderes, para que o interesse público, que deve nortear todas as ações, esteja em primeiro lugar.
Na volta a presidência da Assembleia essa semana, o deputado David Almeida e outras lideranças, deram o tom de que o momento é outro. A assembleia está disposta a “subir de degrau” e manter-se no mesmo nível do Executivo e da Justiça. Vamos aguardar os próximos capítulos.