AP: Gás de cozinha custa até R$ 62 em Macapá

Vicente Cruz disse que a partir desse levantamento as revendas não autorizadas serão lacradas e os proprietários deverão responder pelo ato ilícito.
Vicente Cruz disse que a partir desse levantamento as revendas não autorizadas serão lacradas e os proprietários deverão responder pelo ato ilícito.
Vicente Cruz disse que a partir desse levantamento as revendas não autorizadas serão lacradas e os proprietários deverão responder pelo ato ilícito.

A escalada no preço do botijão de gás de cozinha – com 13 kg – tem deixado os consumidores revoltados nas últimas semanas, no Amapá. Em alguns pontos de revenda de Macapá o preço subiu de R$ 48 para R$ 62 em apenas uma semana. “Há três semanas comprei uma carga de gás pagando R$ 48. No último fim de semana voltei à mesma revenda para comprar um botijão para minha mãe e o valor já era de R$ 62. Questionei com o vendedor sobre o aumento e ele disse que foi autorizado pela agência controladora. Porém, em momento algum li ou ouvi falar sobre aumento do preço do gás de cozinha”, disse revoltado o vigilante Manoel Vilela, 43 anos, morador do bairro Renascer, zona norte de Macapá.
O presidente do Instituto de Defesa do Consumidor do Estado do Amapá (Procon-AP), Vicente Cruz, disse na manhã dessa segunda-feira, 27, no programa LuizMeloEntrevista (Diário 90,9FM), que as equipes de fiscalização do órgão iniciam ainda hoje um levantamento desses locais e dos preços cobrados para saber se houve manipulação por parte dos revendedores de forma criminosa.


 
“Temos um problema muito sério que será investigado a partir de hoje com rigor. Houve a terceirização da terceirização, ou seja, pessoas sem autorização estão comercializando esse produto adquirido nas revendedoras credenciadas. Isso é crime. Então, essas pessoas elevam o preço de acordo com o que lhes convém, principalmente se aproveitando de regiões onde a venda é escassa. Sem alternativa o consumidor acaba pagando pelo preço praticado abusivamente”, disse.

 
Vicente Cruz disse que a partir desse levantamento as revendas não autorizadas serão lacradas e os proprietários deverão responder pelo ato ilícito. Quanto aos preços, o presidente do Procon Amapá revelou que a fiscalização que sai às ruas nesta segunda-feira irá fazer a tomada de preços. “Onde houver a constatação de abuso na comercialização será feita a intervenção de forma severa”, garantiu.

 
O Diário acessou a página da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para consultar o preço do gás de cozinha. De acordo com o Sistema de Levantamento de Preços (SLP), uma pesquisa realizada entre os dias 12 e 18 de abril em 15 revendedoras de Macapá mostram que o preço médio praticado é de R$ 60,13, sendo o valor mínimo de venda de R$ 59 e o máximo de R$ 61. A pesquisa foi feita em cinco municípios, sendo que em Oiapoque, distante 590 quilômetros da capital, o valor do botijão de 13 kg chega a R$ 69. Os valores são informados à ANP pelas próprias revendedoras por meio do Sistema de Informação de Movimentação de Produtos (I-SIMP).

 
“Cabe ao Procon fiscalizar se houve ou não aumento abusivo. Existem informações de que o aumento tenha sido causado, entre outros, pelo preço do transporte, mas pelo que já avaliamos preliminarmente isso não justifica, já que pelo nosso entendimento, mesmo com todos os encargos, o preço do gás de cozinha deveria estar sendo praticado entre R$ 48 e R$ 50 no máximo”, justificou o presidente Vicente Cruz.

 
Em Belém (PA), por exemplo, o preço praticado é de R$ 42 chegando até R$ 50.
(Diário do Amapá)

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