
Mesmo com os esforços de resposta às enchentes no Rio Grande do Sul em andamento, o governo brasileiro já se preocupa com um novo evento climático extremo. A secretária nacional de Mudança do Clima, Ana Toni, alertou para uma seca severa prevista para a Amazônia em breve.
“O governo está se adiantando, identificando municípios potencialmente afetados e planejando ações de prevenção”, disse Ana em um seminário sobre descarbonização da economia no Rio de Janeiro, organizado pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri).
A Defesa Civil do Amazonas emitiu um alerta de que a estiagem deste ano pode ser tão grave quanto a de 2023, recomendando que a população estoque água, alimentos e medicamentos. A seca na Amazônia ocorre no segundo semestre, com o pico em outubro e novembro. Em 2023, a região já havia enfrentado uma das piores secas, prejudicando o transporte e o acesso a recursos básicos.
Estudos indicam que a mudança climática causada pelo homem é a principal responsável por esses eventos extremos. Ana Toni destacou que além de mitigação e adaptação, são necessários recursos para reconstrução. “Já estamos vivendo os custos das perdas e danos”, afirmou ela, mencionando que a reconstrução no Rio Grande do Sul pode custar entre R$ 50 bilhões e R$ 100 bilhões.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) também está preocupado com o financiamento para a reconstrução. O presidente do banco, Aloizio Mercadante, ressaltou a necessidade de criar fundos de solidariedade com bancos multilaterais e anunciou uma linha de crédito de R$ 5 bilhões para o Rio Grande do Sul, com apoio de um fundo garantidor de R$ 500 milhões, destacando a importância de taxas de juros menores para esses financiamentos.
Fonte: AgênciaBrasil