A pauta mais importante do segundo semestre será a econômica, na avaliação do professor de ciência política na FGV-SP Marco Antônio Teixeira.
“Todo mundo quer resolver isso rápido, porque ela é essencial para o país. Não adianta oposição e situação brigarem para ver quem comandará um país quebrado”, disse, à CNN Rádio.
O fim do recesso parlamentar acontece nesta semana já com os holofotes voltados, segundo o professor, para a votação da nova regra fiscal e reforma tributária.
“Esse encaminhamento das pautas é prioritário, depois vem a proposta do próprio Orçamento e conjunto de regras como tributação de offshores e taxação de fundos”, completou.
Para Marco Antônio, tudo isso é uma tentativa do governo federal para aumentar a receita do governo e “diminuir ou zerar o déficit fiscal.”
“2023 vai definir a agenda das eleições de 2026, se Lula vai tentar a reeleição ou se Fernando Haddad se fortalece a ponto de ser o substituto”, opinou.
Reforma ministerial
A expectativa é que de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva faça trocas nos ministérios para acomodar mais nomes do Centrão.
“A agenda legislativa volta agora e o governo tem pressa, tem data para anunciar medidas que dependem de aprovação ainda”, explicou.
Por esse motivo, “a reforma ministerial tem a ver com previsibilidade.”
Agora, segundo Marco Antônio, o governo “não quer negociar cada projeto, já que isso é muito custoso, de oferecer benefícios no prazo limite para aprovação.”
“O governo quer negociar ‘no atacado’, ou seja, trazer para dentro do governo os partidos que possam dar apoio e tornar os resultados das votações mais previsíveis”, completou.
Fonte: CNN Brasil
