
Porta de entrada para a população em situação de vulnerabilidade social, a Assistência Social exige dos profissionais um esforço diário em tempos de pandemia.
Sob o comando do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Assistência Social (Seas), os 200 trabalhadores do Sistema Único de Assistência Social (Suas), entre assistentes sociais, psicólogos e técnicos de outras áreas, têm se dedicado a fortalecer a garantia de direitos, condições dignas de sobrevivência e autonomia à população em situação de rua nas três bases emergenciais de acolhimento provisório.
As bases funcionam na Arena Amadeu Teixeira, no Centro Estadual de Convivência da Família (CECF) Miranda Leão e no Centro Educacional de Tempo Integral (Ceti) Áurea Pinheiro Braga. Juntas, têm a capacidade de atender 270 pessoas em situação de rua e compõem o Plano de Intervenção para População em Situação de Rua como estratégia de prevenção da Covid-19.
O plano institui a oferta de refeições, higienização, triagem médica e atendimento psicossocial, além de informações sobre inserção no Cadastro Único e acesso a benefícios emergenciais governamentais.
O plano abrange ofertar espaços descentralizados de higienização e alimentação, bem como um bases emergenciais de acolhimento provisório para a população em situação de rua. Prevê também atendimento psicossocial, triagem médica, campanhas para arrecadação de gêneros alimentícios, roupas e itens de higiene pessoal e de ambientes para manter os serviços em funcionamento. Neste sentido, o apoio da população tem sido fundamental para os bons resultados.
Uma das coordenadoras da base emergencial da Arena Amadeu Teixeira, em funcionamento desde o dia 25 de março, com capacidade para 120 pessoas, Adriana Pellin explica que o público em situação de rua, assim como a população em geral, requer um trabalho de sensibilização constante sobre as recomendações de higienização para prevenir a Covid-19. Além disso, trata-se de um segmento exposto a riscos e vulnerabilidades, abrangendo muitos egressos do sistema prisional, dependentes químicos, soropositivos e pessoas de saúde mental fragilizada.
“Nenhum deles está saudável o suficiente e diante de tantos desafios para sobreviver, a Covid-19 não parece ser um grande problema. Cabe a nós sensibilizá-los, o que é desafiador para todos”, explicou ela.