Após a morte de um jovem yanomami de 15 anos por covid-19, os povos indígenas passaram a se preocupar ainda mais com a expansão do novo coronavírus. A doença, que tem ficado cada vez mais forte no país, pode causar danos imensuráveis aos índios.
Nas aldeias, de acordo com o médico sanitarista e membro do projeto Xingu, Douglas Rodrigues, há um grande compartilhamento de objetos e alimentos. “Lá, a vida é comunitária. Nas casas vivem famílias extensas, com muitas pessoas”, disse.
Outro fator que coloca a população indígena em risco é a precariedade nas condições de saneamento. Além disso, a população quase não tem acesso a materiais básicos como sabão nem álcool a 70%, ou água sanitária.
Recomendações enviadas pelo MPF (Ministério Público Federal) ao Ministério da Cidadania, Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), Correios e agências bancárias, e às Forças Armadas foram comemoradas pelos indigenistas.
O MPF, por exemplo, pede as autoridades que haja logística diferenciada para o pagamento do auxílio emergencial aos indígenas, além do Bolsa Família e outros benefícios. O órgão acredita que, desta forma, será possível prevenir a disseminação da covid-19 nas comunidades indígenas.