Baixo Amazonas e Médio Solimões recebem sinais de ´Alerta´ e ´Atenção´ da DC

Situação em Fonte Boa, no Médio AM/Foto: DC

A Defesa Civil do Amazonas colocou hoje (04), em “Alerta”, a região do Baixo Amazonas e emitiu “Atenção” para o Médio Solimões, categorias de desastres que antecedem a Situação de Emergência, com o órgão enviando equipes para avaliação nas áreas.


“Estamos vivenciando o reflexo das mudanças climáticas, com chuvas acima do normal nesse primeiro trimestre de 2017 e nosso monitoramento indicou alteração nessas duas calhas, o que nos leva a adotar medidas preventivas, como o deslocamento de equipes para avaliação nos municípios em questão”, enfatizou o secretário adjunto do órgão Hermógenes Rabelo.

Os sete municípios do Baixo Amazonas (Parintins, Barreirinha, São Sebastião do Uatumã, Nhamundá, Urucará, Boa Vista do Ramos e Maués), que estavam em “Atenção”, evoluíram para Situação de Alerta, estágio que antecede a Situação de Emergência.

No Médio Solimões, que compreende os municípios de Coari, Fonte Boa, Uarini, Alvarães, Tefé, Jutaí, Codajás, Manacapuru, Iranduba, Anori, Anamã, Caapiranga e Manaquiri, devido à elevação do nível do rio, a Defesa Civil do Estado, colocou toda a calha em “Atenção”.

Situação em Fonte Boa, no Médio AM/Foto: DC
…e em Barreirinha, no Baixo AM/Foto: DC

A emissão dos boletins de “Alerta” e “Atenção”, pelo órgão, cobra das prefeituras medidas preventivas e preparatórias para o enfrentamento de um evento extremo de enchente, tendo como principal ferramenta a possível execução dos Planos de Contingência dos municípios, que devem conter informações quanto ao número de possíveis afetados, principais necessidades, impacto sócio- econômico, bem como o acionamento dos principais órgãos setoriais, que atuarão no desastre.

Cotas – De acordo com o Centro de Monitoramento e Alerta (Cemoa), da Defesa Civil AM, com base em dados do Serviço Geológico do Brasil – CPRM, o rio Amazonas encontra-se em processo de enchente com valores próximos aos observados nos anos que ocorreram as máximas históricas. A régua fluviométrica de Parintins, por exemplo, que é o município referência do Baixo Amazonas, registrou hoje o nível de 8,02m, ultrapassando em 12 centímetros a Cota de Alerta, que é 7,90m. A cota histórica dessa cidade foi registrada em junho de 2009, com 9,38m.

Já Manacapuru, município referência do Médio Solimões, a cota de alerta é de 18,08m. Na data de hoje registrou 18,32, ultrapassando 24 centímetros da média.

Atendimento

Na primeira etapa de atendimento humanitário, no início de março, o Governo do Estado, por meio da Defesa Civil AM, distribuiu 20 toneladas de ajuda humanitária aos afetados em Guajará e Ipixuna.

Para essas duas cidades, que tem 2.702 famílias impactadas pela enchente, foram entregues cestas básicas, kits medicamento (antibiótico, vitamina, sais de hidratação, analgésico), kits dormitórios (lençol, rede, mosqueteiro), kits higiene pessoal e ainda, hipoclorito de sódio, para purificação da água.

A segunda fase já foi iniciada no dia 28 de março, com o envio de 500 toneladas de ajuda humanitária, dos Governos Federal e Estadual, para atender os quatro municípios em Emergência na calha do Juruá.

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