Virou rotina o lançamento de “balão de ensaio” do prefeito Arthur Neto (PSDB), na mídia local. Agora ele ataca a mídia nacional, anunciando a sua intenção de ser candidato à presidente da república em 2018, mesmo estando na última posição da fila dos que almejam, talvez, ser candidato a presidente do Brasil e fora da preferência dos líderes da legenda, entre eles, Fernando Henrique Cardoso, Geraldo Alckmin, Tasso Jereissati, João Dória.
E o seu marketing de campanha, infelizmente saindo do Amazonas, será “a liberação da maconha, a união entre homossexuais e a privatização de todas as estatais brasileiras, acredita-se, inclusive, até a Casa da Moeda. Mais ou menos ao estilo do presidenciável Jair Bolsonaro.
Uma publicação da Revista Exame, da editora Abril, garante que Arthur está entre os prefeito que renunciarão em Abril, data limite para quem pretende concorrer à Presidência. Para os adversários, toda essa jogada de marketing de Arthur Neto não passa de manobra política para conseguir visibilidade e dar a falsa impressão que ele, Arthur possui influência e tem condições de enfrentar os verdadeiros donos do PSDB.
Mas ficou claro, em pronunciamentos dos líderes do PSDB, que Arthur é “carta fora de baralho” e que não tem condições alguma de ser o candidato do partido. Eles mesmos, não entenderam quais as reais intenções de Arthur em se auto lançar candidato, na mídia, para ver se cola?
Voltado para o Amazonas
Aqui no Amazonas, todos sabem que Arthur quer ganhar visibilidade e dar a falsa impressão que é um político com poder e influência, ao ponto de colocar seus aliados na parede e, fazê-los curvarem às suas decisões políticas.
Mais ainda. “Arthur não renunciará. Não existe possibilidade alguma dele deixar a Prefeitura para o Marcos Rotta, simplesmente porque ele não confia no Marcos Rotta, que em período recente foi aliado dos senadores Eduardo Braga (PMDB) e de Omar Aziz (PSD) e, assumindo a Prefeitura poderia voltar a se aliar aos dois. Seria a pernada anunciada e esperada, em Arthur”, disse um político de alto escalão do Amazonas, que pediu o anonimato.
Por outro lado, aliados acham ainda que Arthur quer na verdade é arranjar uma “brecha” para que seu filho Arthur Bisneto (PSDB) o suceda na Prefeitura em 2020. “Marcos Rotta virou uma carga pesada para o grupo familiar do prefeito”, disse a mesma fonte.
Também não está descartada a possibilidade do próprio Arthur ou o filho Bisneto conseguirem todo o apoio político possível para garantirem, quem sabe, uma vaga para o Senado. Ele próprio andou dizendo em uma rádio local, que “2017 esteve aliado de um grupo político, em 2018 é outra coisa”. Ou seja, descartando a continuação do projeto de reeleição do governador Amazonino Mendes em 2018.
O que acredita-se nos bastidores, no entanto, é que não é presidência do Brasil que o prefeito quer, mas uma vaga no senado pra ele, uma vaga no Tribunal de Contas do Estado para o seu filho e a prefeitura para outro membro da sua família. Um feudo.
