Bolsonaro está proibido de mandar população furar isolamento

Pedido de demissão do ministro Sergio Moro pode corroer uma importante parcela da base de apoio do presidente, apontam analistas ouvidos pela BBC News Brasil

O ministro Luís Roberto Barroso, do STF, proibiu Bolsonaro de fazer campanha pelo retorno das atividades econômicas neste estágio da pandemia. A decisão foi oficializada nesta terça-feira (31).


O ministro decidiu proibir que o governo federal divulgue qualquer tipo de campanha que defenda que “O Brasil não pode parar”, que insinue que a população deve retornar às suas atividades ou ainda que minimize os efeitos da pandemia do novo coronavírus.

A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo destaca que “para o ministro, o entendimento não restringe a liberdade de expressão, e sim obriga a União a informar adequadamente o público acerca das situações que colocam em risco a sua vida, saúde e segurança.”

A matéria ainda informa que “ao avaliar que a situação é “gravíssima” e que “não há qualquer dúvida” de que a infecção por covid-19 representa uma ameaça à saúde e à vida da população, Barroso acolheu pedido da Rede Sustentabilidade contra uma campanha intitulada “O Brasil não pode parar”. Para o ministro, uma peça publicitária nesse sentido não está voltada para “educar ou orientar socialmente” no interesse da população, e sim para desinformar as pessoas.”

Disparada dos casos

Acredita-se que, a partir de agora, os números devem se multiplicar a cada dia. Bolsonaro estaria reclamando, em especial, dos ataques da imprensa sobre o seu governo.

A TV Globo, por exemplo, tem dedicado amplo espaço contra o governo e as posições de Bolsonaro, mas não está sozinha.

Agora as críticas contra o presidente, não só no Brasil, mas também no mundo, viraram uma unanimidade. Aliás, a mídia internacional pega até mais pesado com o presidente.

Em falar em relação com a mídia, em uma coletiva dada na manhã desta terça-feira próximo ao Palácio do Planalto, Bolsonaro estimulou que apoiadores xingassem jornalistas. A mídia afastou-se, após os ataques, deixando Bolsonaro falando sozinho.

247 e 1News

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